Nesta terça-feira (10/01), a Regional de Saúde de Montes Claros realizou reunião envolvendo técnicos de 53 municípios que compõem a sua área de atuação. Durante o encontro, foram abordados temas como o Programa de Monitoramento das Ações de Vigilância em Saúde (PMAVS), em Minas Gerais, e a intensificação dos trabalhos de enfrentamento, controle e prevenção aos focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika.

A reunião foi realizada no auditório do Hospital Universitário Clemente de Faria, em Montes Claros, e possibilitou à Regional de Saúde apresentar aos municípios as diretrizes do PMAVS, que tem como objetivo fortalecer o planejamento, a gestão e a execução das ações de vigilância em saúde implementadas pelo estado e municípios.

ABERTURA1

Na abertura do encontro, a superintendente Regional de Saúde de Montes Claros, Patrícia Aparecida Afonso Guimarães Mendes, destacou a importância do fortalecimento dos serviços de vigilância em saúde em todos os municípios. "Além das notificações de dengue, febre chikungunya e zika, doenças essas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, o Estado também tem registrado a ocorrência de febre amarela e malária, o que exige maior atenção dos serviços de saúde", reforça.

Na mesma linha de raciocínio, o coordenador do Núcleo de Vigilância em Saúde da Regional de Saúde de Montes Claros, Valdemar Rodrigues dos Anjos, destacou que, neste ano, mesmo pelo fato de mais de 70% dos municípios do Norte de Minas estarem passando por mudança de gestão, é preciso dar continuidade às ações para enfrentamento do Aedes aegypti. "O trabalho envolve os serviços de vigilância epidemiológica e de saúde, bem como as unidades de atenção primária à saúde. O objetivo é incrementar o combate ao Aedes aegypti o que, consequentemente, evitará a proliferação de dengue, Zika vírus, Chikungunya e febre amarela", completa.

Estratégias

Assim como ocorreu em 2016, neste ano as ações instituídas pelo Ministério da Saúde também estão pautadas na intensificação das visitas de agentes de controle de endemias aos imóveis urbanos, visto que os principais criadouros do mosquito estão dentro das residências. O coordenador Valdemar Rodrigues observou ainda que várias estratégias já executadas precisam ser intensificadas pelos municípios. Entre elas, está o controle, identificação e eliminação de focos do Aedes aegypti; a redução do índice de infestação do mosquito; a divulgação e promoção de ações de mobilização direcionadas à população, além do aprimoramento do monitoramento dos casos notificados para dengue, febre chikungunya e zika e das suas possíveis complicações.

A porta de entrada preferencial para atendimento de pessoas com suspeita de infecção por dengue, chikungunya e zika é a Atenção Primária à Saúde, que é constituída por um conjunto de ações no âmbito individual e coletivo, abrangendo a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e a manutenção da saúde.

Através do Decreto nº 46.922, de 29 de dezembro de 2015, o governo de Minas Gerais instituiu o Comitê Gestor Estadual de Políticas de Enfrentamento à dengue, chikungunya e zika. O Comitê conta com a participação de diversos órgãos e entidades do governo, buscando a construção de ações intersetoriais e integradas em diferentes frentes e dentro da competência de cada instituição. Até 31 de dezembro de 2016, em Minas Gerais, foram notificados 528.251 casos prováveis de dengue e ocorrência de 255 óbitos causados pela doença. Também foram notificados 491 casos prováveis de Chikungunya e 14.438 casos prováveis de Zika.

Por Pedro Ricardo