Todas as mulheres têm direito ao acesso à saúde integral, humanizada e de qualidade, livre de qualquer forma de preconceito ou discriminação por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2019, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) busca chamar atenção para uma visão integral sobre a saúde da mulher, estimulando o autocuidado e recomendando a mudança de hábitos para um estilo de vida mais saudável.
Falar em direito à saúde implica em uma perspectiva de cuidado integral, completo, em que os profissionais considerem as singularidades das mulheres, com suas histórias, hábitos e contextos familiares, em especial considerando as condições diferenciadas das mulheres em situação de rua, com deficiência, com transtornos mentais, negras, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais, mulheres do campo, da floresta e das águas, indígenas, ciganas, idosas, em uso de álcool e outras drogas, privadas de liberdade, entre outras. Historicamente esses grupos são marcados por exclusão social, o que provoca acesso desigual a bens e serviços.
Em 2018 ocorreram 1.576 óbitos de mulheres em Minas Gerais por neoplasia da mama, sendo a primeira causa de morte por câncer no sexo feminino. Para o ano de 2019, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima a ocorrência de 5.360 casos novos de câncer da mama feminina. Já para câncer do colo do útero no ano 2018 ocorreram 448 óbitos, sendo a 6ª causa de morte por câncer no estado. Para o ano de 2019, o INCA estima a ocorrência de 890 casos novos de câncer do colo do útero em mulheres mineiras.
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Abaixo você encontra o material gráfico, digital e audiovisual da campanha. Ele está disponível para download e reprodução, desde que sejam preservados e respeitados o conteúdo original e a ficha técnica.
Cartilha Saúde da Mulher 2019 - 2,86 MB | Cartaz Saúde da Mulher 2019 - 8,26 MB | Spot Saúde da Mulher 2019 - 1,15 MB
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O câncer de mama é um problema de saúde pública de grande relevância no Brasil. É responsável pela mais frequente causa de morte por câncer no sexo feminino. Cuidar-se, conhecer o seu próprio corpo e ficar atenta a alguns sinais e sintomas são ações importantes para prevenção e combate a essa doença.
Fatores de risco:
Não existe uma causa única para o câncer de mama e sim fatores que podem aumentar o risco da doença, como:
O que você pode fazer para reduzir os riscos
A importância do diagnóstico precoce
O diagnóstico precoce aumenta as chances de sucesso do tratamento. Em relação à avaliação das mamas preconiza-se:
Mulheres de 40 a 49 anos – realização do exame clínico das mamas por profissional da saúde, e realização de mamografia, somente se existir indicação da equipe de saúde.
Mulheres de 50 a 69 anos – realização do exame clínico das mamas por profissional da saúde e realização de mamografia de 2 em 2 anos, ou em intervalos menores, dependendo do resultado da mamografia anterior. Se você perceber alguma alteração na mama, procure a equipe de saúde mais próxima da sua casa.
Mulheres com elevado risco para câncer de mama (histórico familiar e/ou histórico pessoal de câncer de mama) – necessário avaliação e acompanhamento individualizado.
Para o tratamento de câncer de mama, o SUS oferece todos os tipos de cirurgia, como mastectomias, cirurgias conservadoras e reconstrução mamária, além de radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e tratamento com anticorpos. O tratamento é feito por meio de uma ou várias modalidades combinadas. O médico vai escolher o tratamento mais adequado de acordo com a localização, o tipo do câncer e a extensão da doença.
Fique ligada!
As evidências científicas apontam que a realização de mamografias de rotina (rastreamento - exame realizado quando não há sinais/sintomas suspeitos de câncer de mama nem história familiar que justifique a investigação) fora da faixa etária de 50 a 69 anos expõe as mulheres à radiação desnecessária e pode, ainda, levar a intervenções ou procedimentos que não trazem benefício à sua saúde. Esclareça suas dúvidas com a equipe de saúde quanto às medidas preventivas e ao acompanhamento de exames complementares e outros procedimentos necessários.
O câncer de colo do útero é a terceira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil, com exceção do câncer de pele. O principal fator de risco para o desenvolvimento deste tipo de câncer é a infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV), infecção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo. A transmissão do HPV ocorre principalmente por via sexual, mas pode ocorrer por qualquer contato direto com a pele ou mucosa infectada.
Os sinais de infecção pelo HPV
Na maioria das vezes, a infecção não apresenta sintomas, mas no estágio avançado poderá ocorrer sangramento vaginal (espontâneo, após a relação sexual ou esforço) e dor pélvica.
Fatores de risco
Alguns fatores podem aumentar o risco de desenvolvimento do câncer de colo do útero. São eles:
Previna-se!
A primeira forma de prevenção do câncer de colo do útero está relacionada à diminuição do contágio pelo HPV, utilizando o preservativo em todas as relações sexuais.
Também são formas importantes de precaução do câncer de colo do útero:
Para o tratamento do câncer de colo de útero, de acordo com o INCA, o tratamento para cada caso deve ser avaliado e orientado por um médico. Entre os tratamentos disponíveis no SUS, estão a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. O tipo de tratamento dependerá do estadiamento (estágio de evolução) da doença, tamanho do tumor e fatores pessoais, como idade da paciente e desejo de ter filhos.
Fique ligada!
A vacina oferecida pelo SUS confere proteção para 4 tipos de HPV. Está disponível para meninas na faixa etária de 9 a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos e para pessoas de 9 a 26 anos, vivendo com HIV, transplantados ou em tratamento de câncer. Mesmo com a vacinação, o preservativo deve ser utilizado em todas as relações sexuais, tanto para prevenção de outras infecções sexualmente transmissíveis quanto para os outros tipos de HPV que não estão cobertos pela vacina e também na prevenção de gravidez indesejada.
O câncer de mama e o de colo de útero estão fortemente associados à fatores de risco tais como: alimentação não saudável, inatividade física, obesidade, dislipidemia (colesterol anormalmente elevado ou gorduras - lipídeos - no sangue), tabagismo e consumo de bebida alcoólica.
Algumas mudanças no dia a dia podem trazer muitos benefícios para a sua saúde. Começe escolhendo uma alimentação o mais natural possível, priorizando o consumo de alimentos como frutas, verduras, legumes, arroz, feijão, carnes, ovos e leite, por exemplo. Os alimentos ultra processados como biscoitos, sorvetes, pizzas, macarrão instantâneo, salsicha, refrigerantes, dentre outros, não são alimentos saudáveis, e é melhor evitá-los.
A atividade física contribui para a melhora da autoestima, para o bem-estar físico e mental e também para afastar o estresse, a depressão e o isolamento social. Opte por uma vida mais ativa no seu dia a dia, procure uma atividade que lhe proporcione prazer!
Procure a unidade de saúde mais próxima de sua residência para se informar sobre as atividades e ações de promoção da saúde que são ofertadas.