Gestores e técnicos da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) estão reunidos durante esta sexta-feira (11/03), em Belo Horizonte, com representantes do Ministério da Saúde. O objetivo é discutir os serviços de assistência às crianças nascidas com microcefalia e dar continuidade ao enfrentamento dos agravos gerados pelo Zika vírus. Também participam das discussões representantes do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (COSEMS/MG), Conselho Estadual de Saúde e da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte. Para ver a nossa galeria de fotos, clique aqui.

De acordo com a representante do Ministério da Saúde, Diana Oliveira, o órgão tem visitado diversos estados para oferecer apoio na organização dos serviços de assistência às crianças nascidas com microcefalia. “É preciso organizar o cuidado às crianças diagnosticadas com microcefalia, por isso estamos visitando os estados e buscando conhecer de perto a rede de assistência, quem são essas crianças e em que condições elas estão vivendo”, disse.

Crédito: Marcus Ferreira

Durante a reunião, Diana Oliveira também explicou que o Ministério da Saúde tem organizado o enfrentamento dos agravos relacionados ao Zika vírus de forma intersetorial. Isso significa que diversas áreas estão sendo envolvidas em ações de controle do mosquito transmissor da doença, no incentivo à pesquisa e também na assistência às gestantes com Zika e crianças diagnosticadas com microcefalia.

A Subsecretária de Políticas e Ações de Saúde da SES-MG, Maria do Carmo, explicou que Minas Gerais também tem envolvido diversos setores no enfrentamento ao Zika vírus e seus agravos. “O Comitê Gestor Estadual de Políticas de Enfrentamento à Dengue, Chikungunya e Zika Vírus foi criado com objetivo de envolver diversos seguimentos no controle da doença. Nosso desafio é lidar com o enfrentamento ao Zika e seus agravos diante de um estado com grande diversidade cultural, assistencial e grande extensão territorial”, disse.

Durante a reunião, foi apresentada a situação epidemiológica do estado, incluindo o número de casos de Zika vírus, dengue e microcefalia. Também foram discutidas as ações realizadas e programadas no que se refere ao atendimento das gestantes com Zika e bebês diagnosticados com microcefalia.

A Superintendente de Atenção Básica a Saúde da SES-MG, Maria Turci, destacou a necessidade de envolver diversas áreas no enfrentamento aos agravos gerados pelo Zika. “A assistência e o cuidado às gestantes e aos bebês com microcefalia exige uma articulação entre diversos setores da SES-MG, incluindo a Atenção Básica à Saúde, a Coordenação Estadual de Saúde da Mulher e da Criança, Regulação e a Atenção à Pessoa com Deficiência”, afirmou.

Já o Secretário Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Fabiano Pimenta, reiterou a necessidade dos municípios se mobilizarem no enfrentamento ao Zika e também no cuidado com as crianças com microcefalia. “Precisamos nos preparar para este cenário, para cuidar dos recém-nascidos que podem precisar de um cuidado especializado”, disse.

Fluxo de atendimento para grávidas com Zika vírus e bebês com microcefalia

Com o objetivo de otimizar a assistência às gestantes diagnosticadas com Zika vírus, a SES-MG elaborou fluxogramas para os serviços de saúde atenderem a seis situações clínicas distintas. Os fluxogramas de atendimento foram criados com base nos protocolos do Ministério da Saúde e definições da Organização Mundial de Saúde. A partir deles é possível otimizar o atendimento de gestantes com possibilidade de diagnóstico para Zika vírus, a reabilitação de recém nascidos com microcefalia, entre outras situações.

 

Por Jéssica Gomes