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O QUE É A MENINGITE?

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. A meningite pode ser causada por vírus ou por bactéria, que é mais grave.

O risco de contrair meningite é maior entre crianças menores de cinco anos, principalmente até um ano, no entanto pode acontecer em qualquer idade.

A principal forma de prevenir a meningite é por meio da vacinação.

No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica. Casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. A ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no outono-inverno e das virais na primavera-verão.

As vacinas disponíveis no calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização - PNI que protegem contra a meningite, são:

A vacina meningocócica C (conjugada) encontra-se disponibilizada no Calendário Nacional de Vacinação da seguinte forma:

  • 02 (duas) doses, administradas entre os 3 e 5 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, com (01) uma dose de reforço aos 12 meses.

A vacina pneumocócica 10-valente (conjugada) encontra-se disponibilizada no Calendário Nacional de Vacinação da seguinte forma:

  • Crianças aos 2 (dois) meses e 4 (quatro) meses uma dose de reforço aos 12 meses de idade.

A vacina pentavalente encontra-se disponibilizada no Calendário Nacional de Vacinação da seguinte forma:

  • Crianças aos 2 (dois), 4 (quatro) e 6 (seis) meses de idade.

A vacina meningocócica conjugada quadrivalente — ACWY encontra-se disponibilizada no Calendário Nacional de Vacinação da seguinte forma:

  • Adolescentes de 11 a 14 anos, administrar 1 (um) reforço ou dose única, conforme situação vacinal encontrada.

POR QUE SE VACINAR?

As vacinas contra Meningite Bacteriana são consideradas a medida mais eficaz e segura para evitar casos graves, sequelas tais como amputações, surdez ou cicatrizes e mortes pela doença.

QUEM DEVE SE VACINAR CONTRA MENINGITE

A Vacina Meningocócica C (Conjugada) encontra-se disponibilizada no Calendário Nacional de Vacinação da seguinte forma:
  • 02 (duas) doses, administradas entre os 3 e 5 meses de idade, com intervalo de 60 dias entre as doses, com (01) uma dose de reforço aos 12 meses.
  • Criança entre 12 meses e 4 (quatro) anos 11 meses e 29 dias, sem comprovação vacinal, administrar 1 (uma) única dose.
  • Criança entre 12 meses e 4 (quatro) anos 11 meses e 29 dias, com comprovação vacinal de 1 (uma) dose, administrar 1 (uma) dose de reforço.
  • Até dezembro de 2021, a vacina será disponibilizada para crianças e adolescentes até 10 anos, 11 meses e 29 dias de idade, não vacinados.
A Vacina Meningocócica conjugada quadrivalente — ACWY encontra-se disponibilizada no Calendário Nacional de Vacinação da seguinte forma:
  • Adolescentes de 11 e 12 anos, administrar 1 (um) reforço ou dose única, conforme situação vacinal encontrada.

QUANDO E ONDE SE VACINAR?

A Vacina Meningocócica C (Conjugada) e a Vacina Meningocócica conjugada quadrivalente — ACWY estão disponíveis em todas as unidades de saúde em todo Estado de Minas Gerais. É segura e gratuita, sendo disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua residência, seguindo as orientações de prevenção à COVID-19, e leve o cartão de vacinação.

 

CAUSAS

 

Pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas. As meningites virais e bacterianas são as de maior importância para a saúde pública, considerando a magnitude de sua ocorrência e o potencial de produzir surtos.

Apesar de ser habitualmente causada por microrganismos, a meningite também pode ter origem em processos inflamatórios, como câncer (metástases para meninges), lúpus, reação a algumas drogas, traumatismo craniano e cirurgias cerebrais.

BACTÉRIAS

Neisseria meningitidis (meningococo)

Streptococcus pneumoniae (pneumococo) Haemophilus influenzae

Mycobacterium tuberculosis

Streptococcus sp., especialmente os do grupo B

Listeria monocytogenes

Escherichia coli

Treponema pallidum

Entre outras

 

VÍRUS

Enterovírus não pólio (tais como o vírus Coxsackie e Echovírus)

Herpes simplex

Varicela zoster

Epstein-Barr

Citomegalovírus

Arbovírus (Dengue, Zika, Chikungunya, Febre Amarela, Febre do Nilo Ocidental)

Sarampo

Caxumba

Rubéola

Adenovírus

Entre outros

FUNGOS

Cryptococcus neoformans

Cryptococcus gatti

Candida albicans

Candida tropicalis

Histoplasma capsulatum

Paracoccidioides brasiliensis

Aspergillus fumigatus

 

PROTOZOÁRIOS

Toxoplasma gondii

Plasmodium sp.

Trypanosoma cruzi

 

HELMINTOS

Infecção larvária de Taenia solium

Cysticercus cellulosae (Cisticercose)

Angyostrongylus cantonesis

A doença meningocócica (DM) causada pela bactéria N. meningitidis, caracteriza-se por uma ou mais síndromes clínicas, sendo a meningite meningocócica a mais frequente delas e a meningococcemia a forma mais grave. As crianças, os adolescentes e adultos jovens têm o risco de adoecimento aumentado em surtos. Os maiores coeficientes de incidência da doença são observados em lactentes, no primeiro ano de vida.

Na meningite pneumocócica (causada pela bactéria S. pneumoniae) idosos e indivíduos portadores de quadros crônicos ou de doenças imunossupressoras também apresentam maior risco de adoecimento.TRANSMISSÃO

COMO A MENINGITE É TRANSMITIDA?

Em geral, a transmissão é de pessoa para pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Também ocorre a transmissão fecal-oral, através da ingestão de água e alimentos contaminados e contato com fezes.

DIFERENÇAS NOS TIPOS DE TRANSMISSÃO:

MENINGITE BACTERIANA

Geralmente, as bactérias que causam meningite bacteriana se espalham de uma pessoa para outra por meio das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Já outras bactérias podem se espalhar por meio dos alimentos, como é o caso da Listeria monocytogenes e da Escherichia coli.

É importante saber que algumas pessoas podem transportar essas bactérias sem estarem doentes. Essas pessoas são chamadas de “portadoras”. A maioria dessas pessoas não adoece, mas ainda assim pode espalhá-las para outras pessoas.

MENINGITE VIRAL

As meningites virais podem ser transmitidas de diversas maneiras a depender do vírus causador da doença.

No caso dos Enterovírus, a contaminação é fecal-oral, e os vírus podem ser adquiridos por contato próximo (tocar ou apertar as mãos) com uma pessoa infectada; tocar em objetos ou superfícies que contenham o vírus e depois tocar nos olhos, nariz ou boca antes de lavar as mãos, trocar fraldas de uma pessoa infectada, beber água ou comer alimentos crus que contenham o vírus. Já os arbovírus são transmitidos por meio de picada de mosquitos contaminados.

MENINGITE CAUSADA POR FUNGOS

A meningite fúngica não é transmitida de pessoa para pessoa. Geralmente os fungos são adquiridos por meio da inalação dos esporos (pequenos pedaços de fungos) que entram nos pulmões e podem chegar até as meninges. Alguns fungos encontram-se em solos ou ambientes contaminados com excrementos de pássaros ou morcegos.

Já um outro fungo, chamado Cândida, que também pode causar meningite, geralmente é adquirido em ambiente hospitalar.

MENINGITE CAUSADA POR PARASITAS

Os parasitas que causam meningite não são transmitidos de uma pessoa para outra, e normalmente infectam animais e não pessoas. As pessoas são infectadas pela ingestão de produtos ou alimentos contaminados que tenha a forma ou a fase infecciosa do parasita.

 

 SINTOMAS

QUAIS OS SINTOMAS DA MENINGITE?

A meningite é uma síndrome na qual, em geral, o quadro clínico é grave, por isso no momento em que achar que você ou alguém pode estar com sintomas de meningite deve procurar atendimento médico o mais rápido possível. Um médico pode determinar se você tem a doença, o tipo de meningite e o melhor tratamento.

SINTOMAS DE MENINGITE BACTERIANA

A meningite bacteriana é geralmente mais grave e os sintomas incluem febre, dor de cabeça e rigidez de nuca. Muitas vezes há outros sintomas, como: mal-estar, náusea, vômito, fotofobia (aumento da sensibilidade à luz), status mental alterado (confusão). Com o passar do tempo, alguns sintomas mais graves de meningite bacteriana podem aparecer, como: convulsões, delírio, tremores e coma.

Em recém-nascidos e bebês, alguns dos sintomas descritos acima podem estar ausentes ou difíceis de serem percebidos. O bebê pode ficar irritado, vomitar, alimentar-se mal ou parecer letárgico ou irresponsivo a estímulos. Também podem apresentar a fontanela (moleira) protuberante ou reflexos anormais.

Na septicemia meningocócica (também conhecida como meningococcemia) que é uma infecção na corrente sanguínea causada pela bactéria Neisseria meningitidis, além dos sintomas descritos acima, podem aparecer outros como: fadiga, mãos e pés frios, calafrios, dores severas ou dores nos músculos, articulações, peito ou abdômen (barriga), respiração rápida, diarreia e manchas vermelhas pelo corpo.

SINTOMAS DA MENINGITE VIRAL

Os sintomas iniciais da meningite viral são semelhantes aos da meningite bacteriana: febre, dor de cabeça, rigidez de nuca, náusea, vomito, falta de apetite, irritabilidade, sonolência ou dificuldade para acordar do sono, letargia, fotofobia (aumento da sensibilidade à luz). Em recém-nascidos e bebês, alguns dos sintomas descritos acima podem estar ausentes ou difíceis de serem percebidos. O bebê pode ficar irritado, vomitar, alimentar-se mal ou parecer letárgico ou irresponsivo a estímulos. Também podem apresentar a fontanela (moleira) protuberante ou reflexos anormais.

SINTOMAS DE MENINGITE POR FUNGOS

Os sinais e sintomas de meningite fúngica são parecidos com os causados por outros tipos de agentes etiológicos, como segue: febre, dor de cabeça, rigidez de nuca, náusea, vômitos, fotofobia (sensibilidade à luz), e status mental alterado.

MENINGITE CAUSADA POR PARASITAS

Tal como acontece com a meningite causada por outras infecções, as pessoas que desenvolvem este tipo de meningite podem apresentar dores de cabeça, rigidez de nuca, náuseas, vômitos, fotofobia (sensibilidade à luz) e/ou estado mental alterado (confusão

 

DIAGNÓSTICO

COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO DA MENINGITE?

Se o médico suspeita de meningite, ele solicita a coleta de amostras de sangue e líquido cefalorraquidiano (líquor). O laboratório então testa as amostras para detectar o agente que está causando a infecção. A identificação específica do agente é importante para o médico saber exatamente como deve tratar a infecção.

QUAIS EXAMES SÃO FEITOS?

Os principais exames para o esclarecimento diagnóstico de casos suspeitos de meningite são: exame quimiocitológico do líquor; bacterioscopia direta; cultura; aglutinação pelo látex e Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (qPCR).

O aspecto do líquor, embora não considerado um exame, funciona como um indicativo. O líquor normal é límpido e incolor, como “água de rocha”. Nos processos infecciosos, ocorre o aumento de elementos figurados (células), causando turvação, cuja intensidade varia de acordo com a quantidade e o tipo desses elementos.

IMPORTANTE: Todos os exames laboratoriais estão disponíveis no SUS, e são solicitados pela equipe médica ou de vigilância epidemiológica durante o acompanhamento do caso.

TRATAMENTO

COMO É FEITO O TRATAMENTO DA MENINGITE?

Devido à gravidade do quadro clínico, os casos suspeitos de meningite sempre são internados nos hospitais, por isso, ao se suspeitar de um caso, é urgente a procura por um pronto-socorro hospitalar para avaliação médica.

Para tratamento das meningites bacterianas, faz-se uso de antibioticoterapia em ambiente hospitalar, com drogas de escolha e dosagens terapêuticas prescritas pelos médicos assistentes do caso. Recomenda-se ainda o tratamento de suporte, como reposição de líquidos e cuidadosa assistência.

Para as meningites virais, na maioria dos casos, não se faz tratamento com medicamentos antivirais. Em geral as pessoas são internadas e monitoradas quanto a sinais de maior gravidade, e se recuperam espontaneamente. Porém alguns vírus como herpesvírus pode vir a provocar meningite com necessidade de uso de antiviral específico. A devida conduta sempre é determinada pela equipe médica que acompanha o caso.

Nas meningites fúngicas o tratamento é mais longo, com altas e prolongadas dosagens de medicação antifúngica, escolhida de acordo com o fungo identificado no organismo do paciente. A resposta ao tratamento também é dependente da imunidade da pessoa, e pacientes com história de HIV/AIDS, diabetes, câncer e outras doenças imunodepressoras são tratados com maior rigor e cuidado pela equipe médica.

Nas meningites por parasitas, tanto o medicamento contra a infecção como as medicações para alívio dos sintomas são administrados por equipe médica em paciente internado.

Nestes casos, os sintomas como dor de cabeça e febre são bem fortes, e assim a medicação de alívio dos sintomas se faz tão importante quanto o tratamento contra o parasita.

PREVENÇÃO

COMO PREVENIR A MENINGITE?

A meningite é uma síndrome que pode ser causada por diferentes agentes infecciosos. Para alguns destes, existem medidas de prevenção primária, tais como vacinas e quimioprofilaxia. As vacinas estão disponíveis para prevenção das principais causas de meningite bacteriana. As vacinas disponíveis no calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização são:

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