A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio da Educação Permanente de Saúde da Unidade Regional de Saúde de Belo Horizonte (URS-BH), em parceria com Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), realizou evento de educação permanente em saúde com gestores da Secretaria Municipal de Saúde de Nova Lima, nesta quarta-feira (28/2).

A parceria, surgida durante a pandemia de covid-19 com objetivos de implementar e reforçar a educação permanente em saúde nos 39 municípios da URS-BH, é detalhada pela referência técnica em Educação Permanente em Saúde da Regional de Belo Horizonte, Márcia Rocha. “Desenvolvemos uma parceria com a UFMG, por meio da professora Kátia Campos, no curso de Gestão em Saúde, durante a pandemia. Em 2024, foi feita nova oferta do curso. Essa parceria é muito importante porque nesses cursos são apresentados os conceitos de educação permanente em saúde”.

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 A respeito das ações de educação permanente nos municípios, Rocha enfatiza que muitos municípios realizam ações educativas, mas não nomeiam como educação permanente em saúde. “Nesses cursos, os profissionais de saúde aprendem a importância de ter diagnóstico das ações educativas. Eles começam a desenvolver ações ainda mais qualificadas. É muito importante ter o monitoramento dos resultados das ações educativas. É preciso mensurar os resultados”, disse.

Coordenadora do Curso Gestão de Serviços de Saúde na UFMG e do projeto “Formação de referências técnicas municipais em Educação Permanente em Saúde”, Kátia Campos, destaca a aplicabilidade na relação ensino-serviço. “A educação permanente acontece a partir dos problemas e das necessidades da população. A educação permanente envolve também a instituição formadora que forma recursos humanos para o Sistema Único de Saúde SUS. Esse projeto envolve alunos da UFMG e profissionais de saúde e proporciona uma troca rica de experiências e teorias de alunos com municípios e de municípios com alunos”.

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Em relação ao evento em Nova Lima, Campos enfatiza a importância do papel de multiplicadores. “Uma profissional de Nova Lima participou do projeto e essa profissional é o elo entre o projeto e a diretoria de educação permanente do município, possibilitando a realização do evento. Nesse contexto, será trabalhado o entendimento da educação permanente em saúde e a aplicação na realidade”, ressalta.

Para a gerente de Educação Permanente e Práticas Integrativas da Secretaria Municipal de Saúde de Nova Lima, Caroline Romani, a participação no projeto é uma possibilidade de qualificação da educação permanente. “Sempre buscamos parcerias com instituições de ensino por acreditar no potencial inovador e na aproximação do aluno com o serviço. Temos grande interesse em fomentar a parceria ensino-serviço. É uma oportunidade de crescimento”.

Enfermeira e membro do grupo de Educação Permanente em Saúde, Fernanda Lopes, participou da capacitação da UFMG. “Tive oportunidade de conhecer a disciplina do curso de Gestão em Serviços de Saúde da UFMG. Foi uma chance de discutir conceitos básicos de educação permanente, legislação, histórico e entender que muitas ações que fazemos são de educação permanente, mas nem sempre são contadas”. Lopes enfatiza a relevância da pesquisa. “Essa parceria incentiva o município a implementar a educação permanente em saúde de forma mais potente. É uma ação fundamental. O Sistema Único de Saúde determina a formação do profissional. O retorno é direto para a população com profissionais mais qualificados. É um outro trato com a população”.

Por Leandro Heringer