A Assessoria de Governança Regional (AGR) da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Ponte Nova realizou, no dia 31 de janeiro, em sua sede, oficina sobre Instrumentos de Gestão, em parceria com o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) de Ponte Nova. Entende-se por instrumentos de gestão em saúde os mecanismos que garantem o funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) em todos os seus níveis, sendo eles o Plano Municipal de Saúde (PMS), a Programação Anual de Saúde (PAS), o Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RDQA) e o Relatório Anual de Gestão (RAG).

“O objetivo do encontro foi reunir gestores e técnicos municipais de saúde dos 30 municípios da área de abrangência da SRS Ponte Nova, para sensibilizá-los quanto a importância do planejamento em saúde, além de auxiliá-los na elaboração dos instrumentos”, explicou a assessora da AGR, Ana Beatriz de Souza Silva. Segundo ela, os instrumentos são interligados e fazem parte de um processo circular de planejamento, gestão e operacionalização integrada do SUS.

A superintendente regional de saúde de Ponte Nova, Josy Duarte Faria Fialho, destacou o quão profícua é a parceria da SRS com o Cosems e os municípios. “Também gostaria de ressaltar a importância de ouvirmos os anseios da população para a elaboração desses instrumentos, seja por meio das conferências de saúde, seja por meio dos conselhos municipais. Estes são importantes espaços de construção e compartilhamento de anseios, que dão subsídio para a elaboração das políticas públicas”, disse a superintendente.

Foto: Tarsis Murad

Para a apoiadora do Cosems Ponte Nova, Fernanda de Freitas Castro Gomes, a reunião também foi motivada pelas dificuldades apontadas pelas Secretarias Municipais de Saúde no processo de construção do Planejamento Regional Integrado (PRI) - atualmente em elaboração pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e parceiros macrorregionais e municipais. Dentre as principais dificuldades relatadas, estão as relacionadas à obtenção de dados oriundos de gestões anteriores que não foram inseridos em tempo no DigiSUS (sistema de informação para o registro e monitoramento dos instrumentos); às trocas de gestão e a consequente substituição de pessoal; às instabilidades no sistema; e às dúvidas relacionados à operação dos programas.  

O treinamento esclareceu como definir metas e indicadores, frisando que todos estão aptos e têm capacidade para realizar um bom planejamento. “Foi uma oportunidade de ressignificar o ato de planejar, enfatizando a importância do gestor no processo de participação social e no estabelecimento de metas alinhadas às diretrizes do SUS, com indicadores mensuráveis. Assim, pode-se usufruir dos instrumentos como prática estratégica que facilita a tomada de decisão para priorizar as necessidades de saúde do território”, destacou Fernanda.

Por Tarsis Murad