Diante do alerta emitido pelo Ministério da Saúde acerca do aumento do número de casos de COVID-19 e a circulação de novas linhagens da variante de preocupação (VOC) Omicron (nota técnica disponível em https://www.gov.br/saude/pt-br/coronavirus/notas-tecnicas/2022/nota-tecnica-no-16-2022-cggripe-deidt-svs-ms/view), a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais (SES MG) por meio do CIEVS Minas faz as seguintes considerações e recomendações:

- os dados epidemiológicos no Brasil indicam um aumento no numero de casos de COVID-19 nas últimas semanas;
- no âmbito da vigilância genômica foram identificada em outras unidades da federação a sublinhagem BQ.1 da variante Omicron;
- segundo a Organização Mundial de Saúde, a BQ.1 é uma sublinhagem da BA.5, ambas descendentes da Omicron, e que carregam mutações na proteína Spike;
- de acordo com a nota do Ministério da Saúde, até o presente momento não existem dados epidemiológicos que sugiram um aumento na gravidade da doença por esta nova sublinhagem;
- em Minas Gerais, como em outros estados, houve aumento no número de casos confirmados de COVID-19 nos últimos dias; os dados estão disponíveis no site da SES MG (https://coronavirus.saude.mg.gov.br/painel);
- a vigilância genômica para caracterização das variantes do SARS-CoV-2, é realizada em Minas Gerais de forma continua; no dia 18/11 foi detectada pela primeira vez, a presença da variante BQ1.1 em duas amostras de swab nasofaríngeo, provenientes de indivíduos infectados; residentes em Belo Horizonte, e ações de vigilância para investigação e monitoramento desses casos e seus contatos já foram iniciadas;
- recomendações para as equipes de vigilância e assistência a saúde: orientar sobre a importância da coleta de amostras para a realização de exame de biologia molecular nos casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave) hospitalizados, realizar o encerramento oportuno dos casos e dos óbitos, para subsidiar as análises epidemiológicas, alertar aos profissionais de saúde sobre a situação epidemiológica local ;
- reforçar as medidas não farmacológicas de prevenção e controle, como a lavagem de mãos e uso de álcool gel;
- reforçar a necessidade imediata da complementação do esquema vacinal com todas as doses de reforço, de acordo com os grupos de risco e faixas etárias (as vacinas ESTAO DISPONIVEIS NAS UNIDADES BÁSICAS DE SAUDE);
- o uso de mascara é recomendado nas seguintes situações:
● para indivíduos com fatores de risco para complicações da COVID-19 (imunossuprimidos, gestantes, idosos, pessoas com comorbidades);
● pessoas com sintomas gripais;
● contatos próximos de caso suspeito ou confirmado de COVID-19;
● em locais fechados, mal ventilados ou com aglomerações;
● em todos os serviços de saúde;


Ressaltamos que as recomendações contidas nesta nota podem ser revistas conforme alterações no cenário epidemiológico da COVID-19 em Minas Gerais e o surgimento de novas evidências científicas sobre a doença.

Por Jornalismo SES-MG