O Sarampo é uma doença viral, infecciosa aguda, grave, transmissível, altamente contagiosa e comum na infância. A doença começa inicialmente com febre, exantema (manchas avermelhadas que se distribuem de forma homogênea pelo corpo), sintomas respiratórios e oculares.
No quadro clínico clássico, as manifestações incluem tosse, coriza, rinorréia (rinite aguda), conjuntivite (olhos avermelhados), fotofobia (aversão à luz) e manchas de koplik (pequenos pontos esbranquiçados presentes na mucosa oral). A evolução da doença pode originar complicações infecciosas com amigdalites (mais comum em adultos), otites (mais comum em crianças), sinusites, encefalites e pneumonia, que podem levar à óbito. As complicações frequentemente acometem crianças desnutridas e menores de um ano de idade.
A transmissão ocorre de pessoa a pessoa por meio de secreções (ou aerossóis) presentes na fala, tosse, espirros ou até mesmo respiração. Na presença de pessoas não imunizadas ou que nunca apresentaram sarampo, a doença pode se manter em níveis endêmicos, produzindo epidemias recorrentes.
Desde o início do ano foram confirmados 41 casos de sarampo. Quatro destes ocorreram no primeiro trimestre e a cadeia de transmissão foi contida. A partir de junho de 2019 (SE 23 a 40) o número de casos suspeitos aumentou, totalizando 1.420 notificações provenientes de 215 municípios no estado. Destes, 733 (51,6%) foram descartados, 650 (45,8%) estão em investigação e 37 (2,6%) casos foram confirmados, sendo detectados novos casos e cadeias de transmissão
Os 04 casos confirmados no primeiro trimestre foram de residentes dos municípios de Belo Horizonte, Contagem e Betim, tendo esta cadeia, como caso índice, um viajante da proveniente da Europa (Mais detalhes nos boletins anteriores).
A maioria dos 37 casos confirmados está relacionada à importação do vírus de doentes que estiveram no estado de São Paulo ou por contato direto com quatro doentes paulistas provenientes das cidades de São Paulo-SP (1), Jundiaí-SP (1) São Bernardo do Campo (1) e Araras-SP (1). A exceção deste tipo de vínculo foi para os casos das cidades de Betim, Ribeirão das Neves, Unaí, onde não foram identificadas as origens de contato dos doentes.
Mais detalhes no Boletim.
Ações da SES-MG
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