Com o objetivo de ampliar as ações regional durante o Outubro Rosa, a Regional de Saúde de Uberlândia, por meio do Núcleo de Redes de Atenção à Saúde, realizou nesta terça-feira, 24/10, a oficina sobre a saúde integral da mulher.

O diálogo foi conduzido pela professora da disciplina de Atenção à Saúde da Mulher do curso de enfermagem da Universidade Federal de Uberlândia, Efigênia Freitas, que abordou o cuidado integral da mulher, de acordo com as diretrizes atuais do rastreamento do câncer do colo do útero e mama. “Temos que buscar o fortalecimento da rede, estando o Sistema Único de Saúde (SUS) preparado para garantir o acesso de qualidade. É de extrema importância o papel da Atenção Primária na linha de frente desse cuidado, ou seja, ela é a responsável em fazer a busca ativa, o acolhimento e aumentar a cobertura dos exames.
Posteriormente, ainda temos outros dois grandes desafios, que é o tratamento precoce e a redução da mortalidade”, afirmou.

Créditos: Lilian Cunha

As discussões giraram em torno de seis pontos: exame citológico – para que e para quem; cobertura e periodicidade do exame citológico – principais causas; adequabilidade da amostra – como evitar amostras insatisfatórias; rastreamento do câncer de mama – como fazer e para quem; ações de prevenção do câncer do colo do útero e de mama baseadas em evidências científicas; apoio emocional da família e da paciente diagnosticada com câncer.

Para a referência técnica em saúde da mulher da Regional de Uberlândia, Tatiane Tavares, o método de trabalho da oficina teve o intuito de esclarecer as dúvidas e reforçar as ações dos profissionais da Atenção Primária. “Alguns questionamentos como a contraindicação do autoexame das mamas e o porquê de não se realizar mamografias e exame citológico fora da faixa etária foram elucidados, e questões relevantes de prevenção foram abordadas como: hábito de vida saudável, autoconhecimento da mulher, vacinação contra o HPV e uso do preservativo. Desta forma, esperamos que os técnicos municipais tenham assimilado esse conhecimento para adotar na sua rotina diária de trabalho, o ano todo, e não apenas no Outubro Rosa”, disse.

A enfermeira, Eliane Pereira da Cunha, que está há menos de um mês trabalhando na Atenção Primária do município de Nova Ponte, ressaltou que a forma como a oficina foi conduzida proporcionou a ampliação do conhecimento. “Além de compartilhar experiências com os outros municípios, esclarecemos nossas dúvidas, que envolvem a prática e são aplicáveis no nosso serviço”, finalizou.

Acesse aqui:

Diretrizes Brasileiras para o rastreamento do Câncer do Colo do Útero

Diretrizes para a detecção precoce do Câncer de Mama no Brasil

Por Lilian Cunha