Data lembra a importância do tratamento e inclusão social das pessoas com a síndrome

Criado pela ONU (Organização das Nações Unidas)  em 2007 e comemorado a partir de 2008 no dia 2 de abril, o Dia Mundial de Consciência do Autismo é uma oportunidade especial de se pensar o significado de ser humano e como estender a todos os direitos mais fundamentais, além de conscientizar a sociedade para a situação das pessoas com autismo.

Segundo a coordenadora da Atenção à Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência da SES-MG (CASPPD), Gabriela Cintra Januário, o Governo tem trabalhado em estratégias de detecção precoce do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), com isso ele tem buscado capacitar profissionais de saúde em todo estado. “É crucial identificarmos logo cedo os primeiros sinais do autismo, porque isso irá favorecer um bom desempenho do indivíduo, principalmente escolar, e também permitir uma apropriada inserção dele na sociedade”, ressalta.

O Transtorno engloba diferentes síndromes marcadas por perturbações do desenvolvimento neurológico e possui algumas características fundamentais, que podem manifestar-se em conjunto ou isoladamente, como alterações de linguagem e sociabilidade, o que demanda cuidados específicos, acompanhamento médico e reabilitação ao longo das diferentes fases da vida. Estima-se que 1% da população tenha algum grau de autismo.

Segundo a presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Kátia Ferraz, as pessoas com autismo devem ser tratadas como qualquer cidadão e ter acesso aos mesmos direitos de todo ser humano. “É importante sempre trabalhar pra acabar com o preconceito, lutar pela inclusão e cidadania da pessoa com transtorno do espectro do autismo, além de entender sua identidade, e garantir a possibilidade que ela seja atendida por todos os sistemas de saúde, tanto privado como público”, afirma.

Progressos em Minas
    
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), através da Coordenadoria de Atenção à Saúde da Pessoa com Deficiência (CASPD), vem trabalhando para garantir políticas públicas eficientes destinadas à prevenção e à promoção da saúde da pessoa com deficiência intelectual.

O Governo tem investido e ampliado todos os serviços, implantando em 2013 o SERDI (Serviços Especializados de Reabilitação em Deficiência Intelectual) que tem como finalidade exclusiva o atendimento em saúde das pessoas com deficiência intelectual e transtorno do espectro do autismo. Atualmente, existem em Minas 135 serviços credenciados. A SES-MG criou também o Programa de Intervenção Precoce Avançada, o PIPA. Ele visa incentivar o acompanhamento de recém-nascidos com risco para o desenvolvimento de deficiência intelectual e realizar o diagnóstico e o atendimento precoce nas pessoas com deficiência intelectual. Também prevê a melhora no prognóstico e a qualidade de vida das pessoas com deficiência, além de capacitar os profissionais de saúde. O Governo de Minas já investiu mais de R$ 3 milhões no programa.

No final do ano passado, Minas institui ações e serviços de equoterapia no âmbito do Sistema Único de Saúde do Estado. Ao todo, foram gastos até o momento 2,5 milhões de reais nos centros de equoterapia, quem contribuem no tratamento do autismo. Além disso, foi criada uma comissão técnica pra implantar no estado políticas públicas de saúde para população com transtorno do espectro do autismo.

Por Peterson Moreira