No dia 20/3, em comemoração ao Dia Mundial de Saúde Bucal, a Coordenação de Redes de Atenção à Saúde da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Pouso Alegre realizou a primeira Reunião Macrorregional de Coordenadores Municipais de Saúde Bucal. Um dos objetivos principais foi a discussão sobre as políticas vigentes e alinhamento das ações a serem executadas no território.

O encontro marca o início das reuniões gerenciais com os coordenadores e referências de saúde bucal. A referência técnica da SRS Pouso Alegre, Luciana Silveira Ferreira, explicou que, com a inclusão da Política Nacional de Saúde Bucal na Lei Orgânica da Saúde que institui o Sistema Único de Saúde (SUS), a Saúde Bucal passou a ser um direito de todos os brasileiros garantido por lei. “Capacitar esses profissionais que atuam nos municípios é primordial para garantir que a população tenha acesso a uma assistência em saúde bucal de qualidade”, destacou Luciana Ferreira.

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Entre os temas apresentados estiveram a divulgação de fontes seguras para aquisição de conhecimento, tanto nas questões assistenciais, quanto de financiamento e monitoramento das ações executadas, além da importância da comunicação entre as equipes de saúde bucal e os demais pontos da atenção primária. A disseminação efetiva das informações para todos os profissionais da rede tem impacto positivo no engajamento das equipes de saúde e, consequentemente, na qualidade dos serviços prestados à população.

Durante o encontro foi realizada uma roda de conversa sobre as ações de prevenção do câncer de boca realizadas pelos municípios durante o ano de 2023. A experiência exitosa do município de Bueno Brandão foi apresentada por Gustavo Passari, coordenador e técnico de saúde bucal do município. O relato demonstrou a importância da parceria com a equipe de atenção primária para que a ação alcançasse a população mais carente de cuidado.

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A prevenção ao câncer bucal e o papel da atenção primária na sua detecção precoce também foram temas abordados. O controle do câncer hoje é entendido como ações contínuas que têm início no controle das exposições aos fatores de risco, na detecção precoce da doença e nos cuidados paliativos. Estes últimos compostos por diagnóstico, tratamento e seguimento do paciente. O profissional de saúde bucal tem competência técnica para atuar em todos esses momentos, melhorando a qualidade de vida do paciente.

O número estimado de casos novos de câncer da cavidade oral para o Brasil, para cada ano do triênio de 2023 a 2025, é de 15.100 casos, correspondendo ao risco estimado de 6,99 por 100 mil habitantes, sendo 10.900 casos em homens e 4.200 em mulheres, segundo a “Estimativa 2023: incidência de câncer no Brasil” publicada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Por Otávio Coutinho