Os 39 municípios da Unidade Regional de Saúde de Belo Horizonte (URS-BH) estão mobilizados no enfrentamento à chikungunya, dengue e zika. O comparativo entre os números de casos confirmados até a 10ª semana epidemiológica de 2023 e 2024, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), apresenta crescimento de 869% em relação à dengue nos municípios da URS-BH, conforme gráficos abaixo.

13.03.2024- Gráfico aumento dos casos

Figura 1:O Período em 2023 compreende 1º de janeiro a 11 de março

O período em 2024 compreende 1º de janeiro a 9 de março

13.03.2024- Gráfico crescimento em um ano

Com mais de 5 milhões de habitantes, ações de mobilização e prevenção são essenciais no contexto de epidemia. Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da URS-BH, as ações de enfrentamento são potencializadas pela mobilização social. “Os municípios têm realizado ações para o enfrentamento da epidemia. A mobilização com a população é fundamental para a prevenção. Um trabalho conjunto poder público-população. Parabéns aos municípios. Apoiamos as ações”, destaca.

Nesse contexto, diversos municípios realizam, também em março, o Dia D de enfrentamento às doenças chamadas arboviroses (dengue, chikungunya e zika) com programação divulgada nos sites das respectivas prefeituras.

 

Municípios

Data

Site

Nova Lima

15/03/2024

www.novalima.mg.gov.br

Itabirito

16/03/2024

www.itabirito.mg.gov.br

Lagoa Santa

21/03/2024

www.lagoasanta.mg.gov.br

Pedro Leopoldo

22/03/2024

www.pedroleopoldo.mg.gov.br

Esmeraldas

23/03/2024

www.esmeraldas.mg.gov.br

Juatuba

23/03/2024

www.juatuba.mg.gov.br

Mateus Leme

23/03/2024

www.mateusleme.mg.gov.br

São Joaquim de Bicas

23/03/2024

www.saojoaquimdebicas.mg.gov.br

São José da Lapa

23/03/2024

www.saojosedalapa.mg.gov.br

Sarzedo

23/03/2024

www.sarzedo.mg.gov.br

 

Primeiros cuidados

Referência técnica da Coordenação de Atenção à Saúde da URS-BH, Dhebora Lage, explica a situação em que deve-se procurar serviço de saúde. “Caso tenha febre superior a 39 graus de início repentino e apresente pelo menos duas das seguintes manifestações: dor de cabeça; prostração; dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos; náusea, vômitos; erupção na pele; manchas com pequenos sangramentos; prova do laço positiva e leucopenia, usualmente entre dois e sete dias de duração”.

Itabirito realizou o Dia D em fevereiro. Nova ação será feita em 16 de março

Tratamento

O tratamento é baseado principalmente na reposição de líquidos adequada. Por isso, conforme orientação médica, em casa deve-se realizar: repouso; ingestão de líquidos conforme prescrição médica/posologia adequada para adulto e criança; não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme.

O retorno para reavaliação clínica deve ser realizado conforme orientação médica.

 

Medicamentos contraindicados em caso de suspeita de dengue

A Classe farmacêutica dos salicitatos, da qual fazem parte o ácido acetilsalicílico, ou AAS, conhecido popularmente como aspirina, é contra indicado. Pessoas que possuem doenças crônicas, que sofreram infarto ou tiveram trombose e estão fazendo uso de medicamentos desse grupo para tratar o problema, ao suspeitarem que estão com dengue, devem procurar um médico imediatamente para analisar o que deverá ser feito, como trocar o medicamento ou fazer o uso monitorado.

Entre os não recomendáveis, estão também os corticoides/anti-inflamatórios não esteroidais, que também são contraindicados na fase inicial da dengue.

Alguns dos medicamentos populares não indicados: ácido acetilsalicílico (aspirina e outras formulações); ibuprofeno; cetoprofeno; naproxeno; piroxicam; diclofenaco; nimesulida; indometacina; corticoides (prednisona, prednisolona, dexametasona, hidrocortisona) e varfarina.

Por Leandro Heringer - Ftos: Ascom-Esmeraldas e Ascom-Itabirito