Com o objetivo de subsidiar e instrumentalizar o processo e vigilância na investigação de óbitos por causas mal definidas, além de proporcionar momento de trocas de experiências e informações que possam contribuir para a análise e estudo de mortalidade de forma mais precisa, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros realizou, na quinta-feira, 30 de novembro, a terceira “Oficina Vigilância do Óbito: Causas mal definidas”. O evento, realizado no auditório do Consórcio Intermunicipal Multifinalitário da Área Mineira da Sudene (Cimams), contou com a participação de médicos, referências técnicas de vigilância do óbito, codificadores, seletores de causa básica de morte, e digitadores do Sistema de Informação sobre Mortalidade, que atuam nas microrregiões de Saúde de Salinas e Taiobeiras. 

Nos dias 9 e 16 de novembro, a SRS realizou oficinas com profissionais que atuam nas microrregiões de Saúde de Coração de Jesus, Francisco Sá, Bocaiúva e Montes Claros. Os trabalhos serão encerrados dia 7 de dezembro, envolvendo 15 municípios da microrregião de Saúde de Janaúba/Monte Azul.

A enfermeira e referência técnica em vigilância do óbito na SRS Montes Claros, Hildeth Maisa Torres Farias, explica que “a investigação das causas de óbitos e a qualificação de dados inseridos pelos municípios no Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) é de fundamental importância, pois possibilita ao Ministério da Saúde, às secretarias estaduais de saúde e municípios entender as causas dos óbitos e, com isso, definir políticas públicas adequadas para viabilizar a redução das mortes”. Segundo a referência, para isso os municípios precisam ter equipes de trabalho bem alinhadas, envolvendo médicos e referências técnicas de vigilância e investigação de óbitos, a fim de que as taxas de mortes com causas mal definidas sejam inferiores a 10%.

Foto: Pedro Ricardo/SRS Montes Claros

Além de Maísa Torres, as oficinas contam com a participação da também referência técnica de Vigilância do Óbito na SRS Montes Claros, Rosane Versiane de Aguilar, e dos médicos Carolina Lamac Figueiredo e Raimundo Nonato Lopes. Entre outros temas, os profissionais de saúde avaliam o cenário epidemiológico regional; a vigilância de óbitos por causas mal definidas; atualização do Sistema de Informação sobre Mortalidade e têm acesso a orientações sobre o preenchimento de declaração de óbitos. 

Durante as oficinas, são realizados estudos de casos de óbitos com causas mal definidas e são apresentadas as experiências municipais bem sucedidas para a investigação de casos e redução das taxas de mortalidade.

Por Pedro Ricardo