A grade de referência hospitalar da Rede de Urgência e Emergência (RUE) da macrorregião de Saúde Leste do Sul foi discutida em oficina ocorrida no dia 23 de maio, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Ponte Nova. Estiveram presentes dirigentes e equipes técnicas das superintendências regionais de saúde (SRS) de Ponte Nova e Manhuaçu, secretários de saúde municipais e gestores hospitalares da região, Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-MG), Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Sudeste (Cisdeste/SAMU 192), e equipe da Diretoria de Atenção Hospitalar e Urgência e Emergência da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Na ocasião, também houve aprovação da grade por parte do Comitê Gestor Regional das Urgências da Região Ampliada de Saúde Leste do Sul, para posterior aprovação em Comissão Intergestores Bipartite Estadual (CIB-SUS/MG) e encaminhamento ao Ministério da Saúde.

Ao longo dos primeiros meses deste ano, ocorreram reuniões técnicas com vários atores do território para discussão do assunto, que voltou a ser pautado a partir de uma necessidade de revisão e atualização de dados que embasam a construção do Plano de Ação Regional (PAR), bem como da grade de referência hospitalar para os componentes que integram a RUE, conforme critérios ministeriais.

Foto: Antonio Rodrigues

Segundo a superintendente regional de saúde de Ponte Nova, Josy Duarte Faria Fialho, foi a terceira vez que a discussão ocorre, sendo a primeira em 2017, quando foram realizados todos os trâmites necessários. “No entanto, em 2019, houve a devolutiva do Ministério da Saúde, com diligências cujos pontos foram rediscutidos durante a revisão do plano, que ocorreu ao longo dos anos de 2020 e 2021, época em que foi realizada a segunda oficina macrorregional. Agora, mais uma vez, viemos atualizar as discussões e rever a grade”, contou a superintendente.

“Melhorar a nossa rede, pensando sempre na assistência e na reorganização dos serviços, é nossa prioridade. Toda essa construção ocorreu de forma transparente e hoje estamos consolidando uma nova página para a saúde do território e para Minas Gerais”, completou Josy.

O superintendente de Manhuaçu, Juliano Estanislau Lacerda, por sua vez, destacou que “foi mais um passo importante para a habilitação do nossa RUE, e um grande salto para a saúde da nossa população. Sabemos das dificuldades enfrentadas pelos prestadores e da necessidade de novos serviços para o território. Esse foi um espaço oportuno para alinhamento e aprovação democrática das propostas que mais se ajustaram às necessidades do território, considerando sempre os regramentos da política nacional para a qualificação dos serviços de saúde”, enfatizou.

Conforme a Portaria de Consolidação GM/MG n° 3, de 28 de setembro de 2017, a Rede de Atenção às Urgências e Emergências possui os seguintes componentes: Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde, Atenção Básica, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192), Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h), componente Hospitalar e de Atenção Domiciliar.

A grade contempla proposta de ampliação do Serviço de Atenção Domiciliar e do SAMU, implantação de Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Portas de Entrada Hospitalares de Urgência e Emergência, abertura de leitos clínicos e de UTI, além da qualificação de leitos clínicos de Retaguarda, UTI Adulto e Pediátrico, Leitos de Cuidados Prolongados e Acidente Vascular Cerebral (AVC), e UTI Coronariana (UCO). Os hospitais que integram a RUE no território estão descritos na Política de Atenção Hospitalar do Estado de Minas Gerais - Valora Minas, instituída pela Deliberação CIB-SUS-MG nº 3.213, de 16 de setembro de 2020, que consolida as ações e políticas da Atenção Hospitalar em âmbito estadual.

 

Por Tarsis Murad e Antonio Rodrigues