Nos dias 9 e 10 de maio o município de Juiz de Fora sediou a primeira série de eventos da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) com foco na Vigilância Epidemiológica. Participaram dos dois dias de imersão representantes da Superintendência de Vigilância Epidemiológica (SVE), gestores de 83 cidades convidadas, referências técnicas municipais e estaduais e outros interessados. 

Elice Eliane Nobre Ribeiro. Foto de Jonathas Mendes

O objetivo principal foi trazer os desafios epidemiológicos e as perspectivas no estado de Minas Gerais, a partir dos seguintes temas: Análise de Situação de Saúde de Minas Gerais; Análise de Situação de Saúde das Unidades Regionais de Saúde; Vigilância das Condições Crônicas; Vigilância dos Agravos Transmissíveis; Informações em Saúde e Experiências exitosas dos Municípios. 

A importância do evento foi destacada pelo Secretário de Estado de Saúde, Fábio Bacacheri: "Me dirijo a vocês, técnicos e gestores dos municípios e das Unidades Regionais de Saúde, para agradecer a sua participação nesta série de Seminários de Vigilância Epidemiológica em 2023. Reforço a importância da vigilância epidemiológica, bem como da Vigilância em saúde em seu papel para o nosso objetivo de tornar real o SUS ideal". 

Compartilhando experiência exitosas

Entre as experiências exitosas, o Secretário Municipal de Saúde da cidade de Liberdade, Klécio de Carvalho Silva, regional de Juiz de Fora, apresentou um trabalho de atualização cadastral de usuários do SUS. Após realizar um levantamento de informações sobre a cobertura vacinal, entre os anos 2020 e 2022, o município conseguiu identificar fragilidades nas ações e planejar estratégias mais eficientes para melhorar o cenário.

“Quando a superintendência chamou atenção para a questão da baixa imunização, nossa equipe iniciou um levantamento, por meio dos sistemas de informação. Das 46 crianças que estavam registradas no município em 2020, 11 não moravam lá mais e uma veio a óbito. Então foi preciso verificar por meio de outros sistemas onde estavam as outras crianças. Eu acho que se todos os municípios fizerem esse levantamento, a gente pode mostrar que a cobertura está sendo atingida. Depois que fizemos esse trabalho, até mesmo a equipe trabalha com mais confiança. E agora a meta de vacinação é real, pois sabemos exatamente quantas crianças nasceram e moram no município", relatou Carvalho Silva.

 

Tecnologia a serviço da saúde

A Superintendente de Vigilância Epidemiológica Estadual, Elice Eliane Nobre Ribeiro destacou a ferramenta de processamento de informações conhecida como Análise de Situação de Saúde (ASIS).  Parte da inteligência interativa da vigilância epidemiológica, a ASIS viabiliza o conhecimento dos territórios de atuação dos profissionais de saúde fornecendo subsídios para a construção de políticas, estabelecimento de prioridades e alocação de recursos. Um poderoso instrumento, capaz de fornecer dados para trabalhadores, gestores e comunidade científica. 

As unidades de análise da ASIS são as macrorregiões de saúde e os principais sistemas de informação utilizados como fonte de dados são: Sistema Nacional de Atendimento Médico (SINAM), Sistema de informação de mortalidade (SIM), Sistema de informação sobre nascidos vivos (SINASC), Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), Sistema Informatizado de Vigilância Epidemiológica de Doenças Diarreicas Agudas (SIVEPDDA), Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB) e Sistema de Informações Hospitalares (SIH).

No seminário foram apresentadas algumas análises, de âmbito estadual e da macrorregião de saúde Sudeste, delimitadas nos seguintes pontos: Câncer, Mortalidade Materna, Hanseníase, Tuberculose e Imunização.

"Trata-se de um trabalho em conjunto das referências técnicas que atuam no nível central, que fazem  uma análise geral do estado, com os municípios, que mostram as próprias experiências", explicou a superintendente.

 

 

 

 

Por Jonathas Mendes