O início de 2023, marcado pelas frequentes chuvas, trouxe o alerta para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor que pode transmitir arboviroses como dengue, chikungunya, zika e febre amarela.

A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Alfenas faz, durante todo o ano, diversas orientações e monitoramentos das ações desenvolvidas pelos 24 municípios de sua área de atuação no enfrentamento das arboviroses.

Nesta terça-feira, 8 de fevereiro, foi realizada - por meio de videoconferência - a primeira reunião do Comitê Regional de Enfrentamento das Arboviroses em 2023. O comitê foi instituído pela CIB-SUS/MG Nº 3.241, de 21 de outubro de 2020 e é  composto por gestores e técnicos das áreas de vigilância (epidemiológica, laboratorial, entomológica e controle vetorial), assistência (atenção primária à saúde, urgência e emergência, hospitalar, assistência farmacêutica e regulação), de comunicação e mobilização social, além de representante do Conselho de Secretarias de Saúde do Estado de Minas Gerais (COSEMS/MG) e Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CES/MG).

Foto: SRS Alfenas

Na ocasião, foram apresentados os Planos Municipais de Contingência de Arboviroses, conforme preconizado pela  Resolução SES Nº 8.386.

A referência técnica em Arboviroses da SRS Alfenas, Larissa Ribeiro de Souza, apresentou os dados do Levantamento de Índices do Aedes aegypti (LIRAa - LIA), que identifica por meio de pesquisas por amostragem, o percentual da presença de larvas do Aedes Aegypti em cada município.

“A gente chama a atenção para que embora a incidência de contaminações pelas arboviroses transmitidas por esse vetor seja baixa ou silenciosa em todos os nossos 24 municípios neste momento, nós temos dados do LIRa mostrando a presença de larvas aumentando em algumas localidades”, disse Larissa. “Se estes mosquitos estiverem contaminados, eles serão transmissores de doenças. Por isso, é fundamental que se busque a eliminação desses focos e trabalhe muito a conscientização das pessoas, evitando que elas adoeçam”, concluiu.

Vale lembrar que o tempo médio de vida do mosquito é de um mês, e que apenas uma fêmea pode botar até 200 ovos. Se ela estiver contaminada por alguma arbovirose, as larvas, após completarem seu ciclo evolutivo, também serão transmissoras da doença.

Por Thayane Viana