A Gerência Regional de Saúde (GRS) de Itabira, por meio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, realizou na quinta-feira, 28 de abril, no auditório da Regional, uma reunião técnica presencial direcionada para as referências técnicas de seus 24 municípios de abrangência, visando alinhar as ações de Vigilância das Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANTs). 

De acordo com Aline Graziele Fernandes Martins, referência técnica de Vigilância das Doenças e Agravos não Transmissíveis (DANTs), uma das estratégias para a realização desta vigilância é por meio de apoio técnico aos municípios e o objetivo da reunião foi discutir a importância e o fortalecimento destas ações nos municípios da região do Médio Piracicaba. “A Vigilância de DANTs é subdividida em vigilância das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) e vigilância das causas externas (acidentes e violência). A primeira é responsável pela análise epidemiológica dos sistemas de informação para verificação da morbimortalidade por DCNT, constituídas, na sua maioria, pelas doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e doenças respiratórias crônicas, que resultam em mortes prematuras e visa garantir ações efetivas de prevenção aos fatores de risco e o tratamento das doenças crônicas. Enquanto a segunda engloba a vigilância dos acidentes (quedas, o envenenamento, o afogamento, as queimaduras, o acidente de trânsito) e das violências, considerados intencionais e compreende a agressão, a violência sexual, a negligência/abandono, a violência psicológica, a lesão autoprovocada, entre outras. Tanto os acidentes quanto as violências são eventos passíveis de prevenção”, esclareceu Aline.

Na reunião foi falado sobre a importância das políticas de enfrentamento e ações de cuidado aos portadores de DCNT face aos impactos da pandemia de covid-19 na piora do estilo de vida, com o aumento do tabagismo, consumo de álcool, redução da atividade física, sedentarismo, consumo de alimentos ultraprocessados, tendo maior impacto nas populações de baixa renda.

Também foram apresentadas a Resolução SES/MG 7.732, publicada em 22 de setembro de 2021, que instituiu o repasse de incentivo financeiro, em caráter excepcional, para o fortalecimento da Vigilância das Causas Externas (Violências e Acidentes de Trânsito) em Minas Gerais e o eixo 8 da Resolução SES/MG nº 7.153, que autoriza o repasse de incentivo financeiro para custeio complementar das ações estratégicas de Vigilância em Saúde no estado de Minas Gerais.

“O incentivo financeiro que trata a resolução 7732/2021 tem o objetivo de subsidiar as ações municipais visando o fortalecimento da vigilância das causas externas (violências e acidentes de trânsito) por meio do planejamento, monitoramento, acompanhamento e avaliação das ações. Esperamos que este alinhamento feito na reunião com as referências técnicas os auxilie para que haja uma ampliação e fortalecimento das ações dessa vigilância”, finalizou Aline.

Ao final da reunião técnica presencial foi apresentada pela referência técnica da Vigilância em Saúde de João Monlevade, Mara Geralda Gomes Souza, a experiência do município na articulação inter e intrasetorial no desenvolvimento das ações de vigilância das violências que vêm sendo executadas, foi um momento muito importante de troca e de conhecimentos junto aos demais municípios.

Apresentação Mara Geralda Gomes Souza - Foto: Flávio A. R. Samuel

Maio Amarelo

A reunião técnica presencial também teve espaço para orientar e mobilizar os municípios sobre a importância da realização das atividades da campanha “Maio Amarelo” 2022, que tem como objetivo chamar a atenção da sociedade para a quantidade de vítimas de acidentes de trânsito, bem como reduzir o número de mortos e feridos no trânsito em todo o mundo.

Em 2022 o Movimento “Maio Amarelo”, aberto domingo, dia 1º em todo o Brasil, quer aprofundar a reflexão da união, chamando novamente para a responsabilidade de todos no trânsito, com foco na preservação da vida.

“O tema ‘Juntos Salvamos Vidas’ parte do princípio de que não colocar alguém em risco também é uma forma de salvar, de maneira que todos possam contribuir para proteger a vida”, destacou Aline.

Por Flávio A. R. Samuel