A videoconferência foi promovida pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Teófilo Otoni, na última sexta-feira (12/2), reunindo os coordenadores municipais de epidemiologia e de endemias. A especialista em Política e Gestão da Saúde, Maryana Prates, iniciou apresentando o cenário da dengue, zika e febre Chikungunya em Minas Gerais e nos 32 municípios pertencentes à área de abrangência da SRS Teófilo Otoni.

Crédito: Déborah Goecking

De acordo com os dados apresentados, a taxa de incidência da dengue, na região, referente às últimas quatro semanas epidemiológicas de início dos sintomas, demonstra que dos 32 municípios, 27 estão classificados como silenciosos, o que, segundo Maryana, significa dizer que, nenhum caso provável da doença foi notificado durante esse período. Já nas semanas epidemiológicas 1 e 2 de 2021, foram registrados, no município de Campanário, cinco casos prováveis de dengue. “O cenário vai mudando a cada semana”, afirmou a especialista.

Ela ainda reforçou a importância de a notificação ser feita na mesma semana epidemiológica em que os casos prováveis de dengue, zika e febre Chikungunya forem identificados, para que os dados representem o cenário real da situação das arboviroses no município.

Outro ponto importante pontuado na ocasião, foi o apoio da força estadual no enfrentamento das arboviroses. “Não obtendo êxito nos resultados e exaurida todas as estratégias de combate ao mosquito Aedes estabelecidas pelo Plano Municipal de Enfrentamento das Arboviroses Urbanas, o gestor municipal poderá solicitar o apoio da Força Estadual, por meio de um ofício, para o Comitê Regional de Enfrentamento das Arboviroses, informando o cenário epidemiológico do seu município e os critérios que justifiquem o apoio estadual naquela localidade. O Comitê Regional analisará a solicitação e encaminhará para o Comitê Estadual que por sua vez, dará os encaminhamentos finais relacionados ao apoio solicitado”, explicou Maryana.

O Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa) executado entre os dias 11 a 15/1 deste ano, também, foi apresentado na reunião. De acordo com o resultado, a predominância maior dos criadouros, na região, foram os depósitos ao nível do solo como os tanques, tambores e baldes (A2).

Antes de encerrar a reunião, a referência técnica em Mobilização Social da SRS Teófilo Otoni, Déborah Ramos, falou sobre o tema da campanha de enfrentamento das arboviroses urbanas que está sendo trabalhado pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) em 2021:  “A proposta, deste ano, é o olhar direcionado para as próprias residências, na tentativa de eliminar possíveis focos do Aedes aegypti dentro de casa”, declarou Déborah.

A SES-MG elaborou uma lista de boas práticas como forma de orientar a população onde encontrar e como eliminar possíveis criadouros do mosquito. Para saber mais, visite: https://www.saude.mg.gov.br/aedes

Por Déborah Ramos Goecking