O dia 29 de outubro foi instituído pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o Dia Mundial do Combate ao AVC. A data busca conscientizar sobre a necessidade de uma vida saudável para evitar o Acidente Vascular Cerebral (AVC). E também reafirma a importância do socorro imediato para a redução nas chances de sequelas.

O Acidente Vascular Cerebral/Encefálico ou AVC é uma das maiores causas de óbitos no Brasil e no mundo. A cada quatro pessoas uma desenvolve o AVC no país. Em Minas Gerais, em 2019, 10.111 pessoas morreram por causa desta doença que pode, muitas vezes, ser evitada com um estilo de vida mais saudável e mudanças de hábitos.

“Para evitar a doença, é necessário conhecer e, se possível, evitar os seus fatores de risco como pressão alta, diabetes, colesterol alto. Também é necessário praticar atividades físicas regularmente, manter uma dieta saudável rica em frutas e vegetais e com pouco sal, limitar o consumo de álcool, evitar o hábito de fumar”, esclarece Letícia Fernanda Cota Freitas, coordenadora Estadual de Atenção às Urgências e Emergências da SES-MG.

No Sistema Único de Saúde (SUS), as equipes da Atenção Primária a Saúde (APS) desenvolvem ações de promoção e prevenção à saúde, divulgando junto à população hábitos de vida saudáveis, que ajudam a evitar os fatores de risco do AVC. Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos municípios, as equipes buscam incentivar entre os usuários uma alimentação saudável, atividades físicas regulares, o controle do tabagismo e, além disso, realiza ações de atenção aos hipertensos e diabéticos.

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Sinais de alerta

Segundo Letícia Freitas, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) ocorre quando surge um déficit neurológico súbito causado por um problema nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central. São dois subtipos do AVC, o isquêmico e o hemorrágico.

O AVC Isquêmico ocorre pela obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral causando falta de circulação no seu território vascular. Já no AVC Hemorrágico, o acidente vascular cerebral hemorrágico é causado pela ruptura espontânea (não traumática) de um vaso, com extravazamento de sangue para o interior do cérebro, para o sistema ventricular ou para o espaço subaracnóideo.

As duas formas impedem a continuidade do fluxo sanguíneo e acabam provocando lesões em regiões cérebro. Quando isso ocorre o corpo envia sinais de alerta, e a pessoa deve ser encaminhada para um serviço hospitalar de urgência.

Letícia lembra ainda que aprender a reconhecer os sinais de alerta do AVC ajuda a evitar o óbito e as sequelas da doença. A presença de uma dor de cabeça intensa e súbita que não possui uma causa aparente, fraqueza ou formigamento no rosto, braço ou perna, episódios de confusão ou agitação, fala alterada ou embolada, alteração na visão e tontura, são alguns sinais da doença. Diante desses sinais, é necessário procurar um atendimento rápido, de urgência em um serviço hospitalar.

“Para ficar mais fácil, temos um lembrete com a palavra SAMU que ajuda a pessoa que está prestando os primeiros socorros e o próprio doente. Primeiro SORRIA e depois peça para que a pessoa doente dê um sorriso também. Se você notar que a boca ficou torta, é um sinal de alerta. Depois peça um ABRAÇO e observe a dificuldade em erguer os dois braços. Peça para cantar uma MÚSICA, note a fala embolada e confusa. Por fim, procure um serviço hospitalar de URGÊNCIA ou ligue para o SAMU 192”, recomenda Letícia Freitas.

Por Juliana Gutierrez