A Superintendência Regional de Saúde de Montes Claros (SRS/ Montes Claros) realizou nessa quarta-feira (14/9), o 1º Seminário on-line de Atualização dos Planos de Contingência para Arboviroses 2020/2021. A iniciativa da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) objetiva auxiliar os municípios na definição das ações a serem implementadas para o combate e controle da proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre Chikungunya, Zika vírus e da febre amarela. O seminário contou com a participação de mais de 100 gestores, coordenadores de vigilância epidemiológica e de saúde de 54 municípios que integram a área de atuação da SRS.

Na abertura do seminário, a superintendente regional de saúde de Montes Claros, Dhyeime Thauanne Pereira Marques, ressaltou a importância do envolvimento dos secretários municipais de saúde e dos coordenadores de vigilância epidemiológica e saúde desde o planejamento até a efetivação prática das ações previstas nos Planos de Contingência.“Neste ano, estamos convivendo com a pandemia da covid-19, doença causada pelo novo Coronavírus, o que já tem demandado muito esforço por parte dos profissionais da área de saúde. Com a aproximação do período das chuvas, os municípios também terão que se preocupar com o incremento das ações no combate e controle do Aedes aegypti. Para que possamos evitar que um grande número de pessoas seja acometido pela dengue, febre Chikungunya ou Zika vírus é fundamental que os serviços de saúde dos municípios estejam preparados e articulados com outras instituições públicas e privadas visando mobilizar e sensibilizar a população para a importância dos cuidados com a saúde, além da eliminação de focos do Aedes aegypti no interior das residências”, ressaltou a superintendente.

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Por sua vez, o coordenador de vigilância em saúde da SRS de Montes Claros, Valdemar Rodrigues dos Anjos, destacou que a atualização dos Planos de Contingência deve se constituir num instrumento de trabalho efetivo por parte dos municípios. Para isso, os gestores devem prever as ações que serão executadas no atendimento das demandas de assistência médica e farmacêutica da população; as ações a serem executadas pelos serviços de vigilância epidemiológica, de comunicação e mobilização da população para o combate e controle do Aedes aegypti.

“O Plano não pode se constituir num documento que ficará guardado na gaveta; ele precisa ter claras as responsabilidades que cada setor das administrações municipais vão executar em conjunto com outras instituições parceiras, dependendo da evolução dos casos notificados de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti”, frisou Valdemar Rodrigues.

Para um acompanhamento mais eficaz dos casos notificados de dengue, Febre Chikungunya e Zika vírus no Estado, a partir deste ano, a SES-MG fará o monitoramento semanal da situação por meio de um Diagrama de Controle. O trabalho contemplará os 853 municípios do Estado e dará embasamento aos gestores de saúde sobre as ações que devem ser implementadas em cada localidade, dependendo da evolução dos casos notificados de arboviroses.

Valdemar Rodrigues explica que os municípios serão classificados em quatro fases, a saber: Baixo Risco (menos de 100 casos notificados de dengue por 100 mil habitantes); Médio Risco (entre 100 e 300 casos de dengue por 100 mil habitantes); Alto Risco (entre 301 a 500 casos notificados de dengue) e Muito Alto Risco (acima de 500 casos de dengue por 100 mil habitantes). As mudanças de fases também levarão em conta a evolução de casos prováveis de Zika vírus e Febre Chikungunya notificados em cada município.

Além da atualização dos Planos de Contingência, o seminário realizado pela SRS abordou outros temas, dentre eles: vigilância epidemiológica das arboviroses; controle vetorial; vigilância do óbito; assistência farmacêutica; comunicação e mobilização social; vigilância laboratorial e assistência à saúde nos serviços de atenção primária, média e alta complexidade.

Prazos

Entre os dias 15/10 e 3/11, os municípios terão prazo para atualização dos Planos de Contingência. Posteriormente, os planos serão analisados pela Superintendência Regional de Saúde e, sendo aprovados, no período de 16 a 27/11, serão submetidos à aprovação dos conselhos municipais de saúde. Já entre os dias 30/11 e 4/12, durante reuniões das Comissões Intergestores Bipartite das microrregiões de saúde do Norte de Minas, a SRS dará ciência aos gestores dos municípios que efetivamente elaboraram os planos de contingência que serão assinados pelos presidentes dos conselhos municipais de saúde, prefeitos e gestores de saúde.

Por Pedro Ricardo