Os municípios norte-mineiros de Salinas e Porteirinha estão recebendo nesta semana suporte da Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais – (SES-MG) em ações de combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, Febre Chikungunya e Zika vírus. Referências técnicas da Regional de Saúde de Montes Claros – (SRS) estão nos municípios orientando agentes de controle de endemias na aplicação de inseticida com a utilização de equipamento Ultra Baixo Volume – (UBV) costal e veicular. Aliado à capacitação a SES-MG repassou aos municípios inseticida e veículos para eliminação de mosquitos adultos.

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A partir da capacitação teórica e prática iniciada na semana passada, em Montes Claros, a Vigilância Epidemiológica da Regional de Saúde de Montes Claros iniciou a transferência do processo de eliminação dos focos do Aedes aegypti para os municípios. Em Porteirinha, os agentes de controle de endemias estão sendo acompanhados pela referência técnica da SES-MG, Ildenir Barbosa Meireles. Já em Salinas os servidores municipais estão sendo orientados pelas referências técnicas, Ronildo Barbosa Santos e Kleber Morais de Sá.

O primeiro trabalho de eliminação de focos do Aedes aegypti deve ser feito com utilização de UBV costal. A aplicação de inseticida, com utilização de veículo, só acontece quando o município perde o controle dos focos e, com isso, precisa providenciar a eliminação de mosquitos adultos. O coordenador de Vigilância em Saúde da Regional de Montes Claros, Valdemar Rodrigues dos Anjos explica que sexta-feira, 22/5, será concluída a capacitação prática dos agentes de controle de endemias, porém o trabalho de combate ao Aedes aegypti terá continuidade na próxima semana, em Salinas e Porteirinha, que atualmente apresentam altos índices de infestação do mosquito. De acordo com Boletim Epidemiológico divulgado segunda-feira, 18/5, pela SES-MG, em Porteirinha já foram notificados neste ano 155 casos de dengue e três de Febre Chikungunya. Já Salinas apresenta 150 notificações de pessoas acometidas por dengue.

“Os municípios precisam manter ações permanentes de controle do mosquito visando evitar a ocorrência de surtos de arboviroses, principalmente neste momento de pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. Isso porque, o aumento de demandas de atendimentos nos serviços de atenção primária dos municípios poderá agravar a situação. Para evitar que isso ocorra, além de orientações técnicas a Superintendência Regional de Saúde tem acompanhado os índices de infestação do Aedes aegypti nos 54 municípios que integram a sua área de atuação, a fim de auxiliar as secretarias de saúde em caso de necessidade”, completa Valdemar Rodrigues.

Boletim Epidemiológico

Neste ano, de acordo com Boletim Epidemiológico divulgado pela SES-MG dia 18 de maio, o Estado já registrou 68 mil 750 casos prováveis de dengue e ocorrência de seis óbitos. Há, ainda, 34 óbitos em investigação. Em relação à Febre Chikungunya, foram registrados, até o momento, 1 mil 385 casos prováveis da doença e há um óbito suspeito. Por outro lado, neste ano já foram notificados em Minas Gerais 317 casos prováveis de Zika vírus, sendo 32 em gestantes.

Por Pedro Ricardo