Com o tema “Desafios na organização da rede de cuidados ao paciente oncológico”, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), por meio da Regional de Saúde de Itabira, realizou no dia 5 de novembro o I Seminário Regional de Oncologia de Itabira, no auditório da Fundação Comunitária de Ensino Superior de Itabira (Funcesi). O evento contou com a parceria da Prefeitura de Itabira, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, e do Hospital Nossa Senhora das Dores / Centro Oncológico de Itabira.

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O seminário, que contou com participação de mais de 290 profissionais de saúde e gerentes, teve como objetivo discutir a prevenção e a detecção precoce dos cânceres e a mobilização dos profissionais da Atenção Primária para o cuidado dos pacientes oncológicos com ações e medidas fundamentais para reduzir a mortalidade dos casos diagnosticados com a doença. O evento reuniu profissionais da saúde dos municípios da região em um espaço de discussão sobre a prevenção e detecção precoce do câncer de mama e do colo do útero. Houve ainda a apresentação das atividades desenvolvidas pela Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon/Itabira), a regulação e o acesso à atenção especializada em Oncologia, o rastreamento do câncer de cólon e de mama, a epidemiologia do câncer e prevenção primária, a importância da cirurgia oncológica, a atualização do Manual Estadual de Controle de Câncer de Mama e Colo do Útero e as urgências em Oncologia.

A reunião de profissionais para a abordagem desses diversos temas foi essencial também para a organização da saúde em âmbito regional, como observou a diretora da Regional de Saúde de Itabira, Maria Aparecida de Oliveira. “É extremamente importante estarmos juntos para falar sobre prevenção, diagnóstico precoce e cuidados oncológicos. A capacitação em tratamentos preventivos é fundamental para beneficiar pacientes e profissionais do SUS. Esse aprendizado e o debate são importantes, tanto para o aprimoramento técnico quanto para a melhoria do atendimento aos pacientes, pois são cerca de 480 mil pessoas em toda a região que merecem ser tratadas com carinho, qualidade e eficiência e dependem dos nossos serviços”, frisou a diretora da Regional de Saúde de Itabira.

Segundo a secretária de saúde de Itabira, Rosana Linhares, o evento vem selar e confirmar a referência do município em oncologia. “Nós já estamos com um volume acentuado de tratamentos sendo referência para a região. Além disso, fizemos avaliações do serviço, da demanda que tem chegado e isso faz com que tenhamos essa noção. Fomos avaliados pelo estado e pelo ministério da saúde. A radioterapia é um passo imediato nos próximos dois anos. Chamo a atenção para a importância da intervenção terapêutica no seio familiar. Vamos ter o tratamento completado do câncer aqui em Itabira. Isso faz com que tenhamos não só segurança técnica, mas conforto e humanização para o paciente. O tratamento, quando feito com o acompanhamento familiar, apresenta muito mais eficácia”, disse Rosana Linhares.

O especialista em políticas e gestão de saúde, responsável técnico pelo atendimento de oncologia da Regional de Saúde de Itabira, Ismar João Cândido, falou sobre a organização e o objetivo do evento. “Esse seminário é uma ação prevista dentro de uma portaria nacional, que organiza todo serviço em Minas Gerais e no Brasil. A proposta é que ele seja um espaço de discussão entre os profissionais da área e gestores, no sentido de desenvolver ações, discutir questões de fluxo de trabalho e atendimento e de regulações de oncologia”, explicou.

O tema do evento e cada uma das palestras foram definidos com o objetivo de capacitar, informar e promover a integração entre os profissionais que trabalham na região, principalmente no centro de tratamento em Itabira, o COI, para melhorar a prestação dos serviços e o atendimento na rotina diária de todos, com segurança e qualidade para os pacientes e os profissionais de saúde. O evento ainda debateu a nova Rede de Oncologia do Estado de Minas Gerais, com destaque para os serviços nas cidades que atendem pacientes diagnosticados com câncer, na região.

Por Darliéte Martins