Entre os dias 13 a 18/5, a Gerência Regional de Saúde (GRS) de Leopoldina acompanhou e participou do Movimento da Luta Antimanicomial fomentado pelos sete Centros de Atenção Psicossocial (Caps) nos municípios de Além Paraíba, Astolfo Dutra, Cataguases, Leopoldina, Palma e Pirapetinga.

O movimento comemora o processo da Reforma Psiquiátrica Brasileira, um marco na história brasileira que recolocou a noção de cidadania nas práticas de atenção à saúde voltadas para as pessoas com sofrimento mental. A partir de uma rede substitutiva para o cuidado em saúde mental, ancorado na garantia de direitos, de forma inclusiva e plural, os territórios da região de saúde de Leopoldina ocuparam a cidade, apresentando eventos que reafirmaram o cuidado em liberdade como lema a ser seguido.

Conferência da Luta Antimanicomial - Libertamos as mentes, fechamos as portas em Além Paraíba

Ao longo da semana foram realizados diversos passeios culturais, como idas ao cinema, lanchonete, churrascos, piqueniques, blitz educativas e exposição de produtos confeccionados pelos próprios usuários. Além disso, aconteceram momentos especiais de diálogo, como o Seminário “A rede que apoia e se apoia”, no município de Leopoldina, e a Conferência da Luta Antimanicomial “Libertamos as mentes, fechamos as portas”, no município de Além Paraíba, com a presença especial da jornalista Daniela Arbex, escritora do livro Holocausto Brasileiro.

Cartaz elaborado pelos usuários do Caps no município Cataguases

José Francisco, usuário do Centros de Atenção Psicossocial III de Leopoldina, descreveu a experiência vivida na Semana de Luta Antimanicomial. “Tudo tem seu momento. Você aprende com a vida do jeito que ela te ensina”, disse.

Passeio no município de Pirapetinga

A referência técnica em Saúde Mental da GRS Leopoldina, Fernanda de Oliveira Guimarães, trouxe à tona a importância da reflexão da Reforma Psiquiátrica Brasileira em sua participação na conferência e no seminário. Ela destacou três pontos - o que era almejado, o que já foi conquistado e o as pretensões futuras -, ressaltando que o trabalho é realizado sempre em defesa de uma sociedade que se interesse mais pelas pessoas, que cuide do sujeito e acompanhe as suas escolhas.

Seminário "A rede que apoia e se apoia" no município de Leopoldina

“É muito importante aproveitar esses momentos de diálogos para reconhecer o quanto a nossa rede está viva, pois apesar dos desafios para conquistá-la e implementá-la, precisamos nos debruçar em um trabalho técnico, clínico e orientado para atender demandas sociais tão complexas”, pontuou Fernanda Guimarães.

Por Gerência Regional de Saúde Leopoldina / Fotos: Waldinéia Siervi, Iran de Oliveira, Isadora de Paula, Patrícia Costa e Fernanda Guimarães