A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Sete Lagoas, na quinta-feira (9/5), realizou a entrega de 25.416 doses da vacina contra a dengue (Qdenga) para os 24 municípios da microrregião de Saúde de Sete Lagoas. Os municípios de Sete Lagoas, Capim Branco, Maravilhas, Cordisburgo, Quartel Geral, Prudente de Morais, Funilândia, Morada Nova de Minas, Caetanópolis, Cedro do Abaeté, Paraopeba, Baldim, Pompéu, Araçaí, Papagaios, Paineiras, Pequi, Inhaúma, Cachoeira da Prata, Fortuna de Minas, Biquinhas, Abaeté, Jequitibá e Santana de Pirapama foram os primeiros a receber as doses no território de acordo com o critério de distribuição do Ministério da Saúde (MS). 

Nesta primeira etapa das vacinações, a população alvo da campanha são crianças e adolescentes com idade entre 10 a 14 anos, mas o público será definido por cada município, respeitando esse intervalo de faixa etária. De acordo com a coordenadora do Núcleo de Epidemiologia da SRS Sete Lagoas, Silmeiry Angélica, o objetivo é vacinar pelo menos 90% da população alvo. “A entrega realizada no dia 9/5 refere-se a primeira dose a ser aplicada pelos municípios da região que podem definir, de acordo com as características da população, se vão vacinar entre 10 a 12 anos, ou 10 a 14, neste primeiro momento”, explicou a coordenadora. 

AS vacinas foram retiradas pelas referências técnicas dos municípios

De acordo com os dados disponíveis no Painel de Monitoramento de Casos de Arborviroses (https://www.saude.mg.gov.br/aedes/painel), até o dia 9/5, a microrregião de Sete Lagoas registrou 25.847 casos prováveis de dengue e 17.258 casos confirmados da doença, além de 8 óbitos confirmados e 11 que seguem em investigação. Para o superintendente regional de Saúde de Sete Lagoas, Fabrício Júnior Alves Teixeira, diante da epidemia de dengue que o estado de Minas Gerais vive, a vacina é uma importante aquisição para o enfrentamento à doença.

 “Estamos passando por uma epidemia de dengue nunca vivenciada em Minas Gerais e, principalmente, no nosso território. A disponibilização da vacina no SUS é um benefício inovador para a população e trará ganhos futuros para o controle da doença devido ao aumento da incidência e gravidade dos casos a cada ano”, destacou Teixeira. 

Para osuperintendente, é crucial que os municípios e a população continuem a eliminar os focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti. Isso inclui medidas como remover locais com acúmulo de água, eliminar criadouros de mosquitos, tamponar caixas d’água e limpar calhas. Recomenda-se também o uso de repelente para proteção individual. Em caso de sintomas das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como febre alta, dor de cabeça, dor no corpo, náusea ou dores abdominais, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) aconselha buscar atendimento médico nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para receber o tratamento adequado no momento certo.

Legenda: Vacinas foram retiradas pelas referências técnicas dos municípios.

 

Por Nayara Souza / Fotos: Ana Paula Salgado