Uma equipe composta por seis agentes de endemias da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Teófilo Otoni esteve, desde o dia 11/3 no município de Malacacheta, para reforçar as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika.

Com quase 18 mil habitantes, Malacacheta tem 583 casos notificados de dengue. Desses, 114 foram confirmados e nenhum óbito constatado. Com relação à chikungunya, dos três casos notificados, um foi confirmado, segundo informações extraídas do painel de monitoramento de casos das arboviroses da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), no dia 22/3 (https://www.saude.mg.gov.br/aedes/painel).

A coordenadora de Vigilância em Saúde e Epidemiológica do município, Josenaide Couy da Silva Ribeiro, explica que no surgimento dos sintomas, como febre, dor no corpo, na cabeça, atrás dos olhos, dores nas articulações, vômito, náusea e diarreia, o paciente deve procurar a unidade sentinela aberta no auditório municipal, localizado na Rua Cassiano Terra (ao lado do PSF Agostinha Ramalho e próximo ao Fórum Municipal), das 7h às 18h, de segunda à sexta-feira. “Após esse horário, o atendimento continuará no Hospital Municipal Doutor Carlos Marx”, pontua a coordenadora. 

A equipe da Força Regional permaneceu no município até sábado, 23/3. 

Ações de combate ao mosquito Aedes - Foto: Rogério Gonçalves

 

Força Regional

Malacacheta é o terceiro município a receber, em 2024, a Força Regional para auxiliar nos trabalhos de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika.

A referência técnica em arboviroses da SRS Teófilo Otoni, Rosiane Pessoa, destaca que a ocorrência de óbitos, números de casos graves e internações, a entrada de um novo sorotipo da dengue no município e o aumento de pessoas doentes em decorrência das arboviroses são os critérios de seleção para o recebimento da força regional.

 

Dificuldades

A coordenadora Josenaide explica que a falta de colaboração por parte da sociedade, em eliminar focos do mosquito Aedes, tem sido uma das principais dificuldades nas ações de combate ao mosquito em Malacacheta. 

Outra dificuldade apontada, dessa vez, por um dos membros da Força Regional, Rogério Gonçalves, é a dificuldade de acesso às residências devido à resistência de alguns moradores e dificuldade das pessoas seguirem as orientações recomendadas. “O papel do Agente de Combate às Endemias (ACE) é vistoriar e eliminar possíveis focos do mosquito Aedes, dentro e fora dos imóveis, adotar medidas de bloqueio, com o tratamento de todos os depósitos que contenham água”, disse Rogério. Segundo ele, o ACE também orienta o morador sobre o que ele deve fazer para auxiliar no trabalho de combate ao mosquito, como por exemplo, realizar uma vez por semana uma vistoria em sua casa, eliminando os focos que encontrar.

Para Rita Lopes da Silva Abrantes, moradora da Rua Lindomar Abrantes, no centro de Malacacheta, muitas pessoas têm resistência por medo de serem assaltadas. “Os agentes devem estar devidamente identificados, para dar mais segurança para o morador”, declara Rita.

Ações de combate ao mosquito Aedes - Foto: Rogério Gonçalves

 

Dia D

O município de Malacacheta é um dos 32 municípios pertencentes à área de abrangência da SRS Teófilo Otoni, e aderiu ao Dia D da ação Minas Unida no Combate ao Mosquito, lançado pelo Governo de Minas Gerais. O objetivo da ação  é estimular a mobilização da comunidade em todo o estado, para que compreenda a sua responsabilidade pela eliminação do mosquito Aedes aegypti. O dia D foi no sábado, dia 23/3.

A programação completa do Dia D e mais informações estão disponíveis no site www.saude.mg.gov.br/aedes

Por Déborah Ramos Goecking