A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) promoveu o Seminário de Qualificação do Manejo Clínico das Arboviroses da Macrorregião de Saúde Sudeste, nos dias 25 e 26 de março, no município de Juiz de Fora. Mais de 200 profissionais das Regionais de Juiz de Fora, Leopoldina, Ubá e Machuaçu participaram das programações.

O subsecretário de Vigilância em Saúde, Eduardo Prosdocimi, abriu o evento destacando a importância da oficina como um legado para à saúde mineira e um meio de dar resposta a uma epidemia dessa proporção. “Hoje estamos aqui em Juiz de Fora fechando um ciclo de oficinas em todo o estado com o objetivo de oferecer um tratamento de qualidade para cada mineiro e dar uma resposta adequada para essa epidemia de dengue no estado não só agora, mas nos próximos anos”, proferiu o subsecretário.

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A infectologista Cristiane Ferreira, uma das palestrantes, destacou a importância desse tipo de treinamento para que haja um diagnóstico precoce da doença. “O diagnóstico precoce viabiliza a hidratação adequada, que é o tratamento mais indicado. Em um período de epidemia, isso salva vidas”, aponta a médica.

O superintendente da Regional de Saúde de Juiz de Fora, Renan de Oliveira, ressaltou a necessidade de se oferecer todo aparato necessário para que profissionais de saúde possam oferecer um tratamento ainda mais adequado. “O manejo clínico em uma situação epidêmica como a dengue é primordial para que a atenção básica à saúde seja fortalecida e este seminário busca oferecer isso”, explicou.

Para a enfermeira do município de Descoberto, Mariane Caixeiro, é importante que haja mais engajamento entre os profissionais de saúde. “É necessária uma união maior entre os profissionais e as equipes de saúde, para que possamos falar a mesma língua e, dessa forma, atingir a integralidade do atendimento”, observou.

 

Programação

Os dois dias de evento tiveram na programação palestras sobre manejo de cada doença transmitida pelo mosquito Aedes, troca de experiências entre os profissionais de saúde do território, além de oficina sobre o plano municipal de contingência e sobre o acolhimento e classificação de risco.

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Cenário da região

Conforme os dados do painel epidemiológico das arboviroses, disponível no linkhttps://www.saude.mg.gov.br/aedes/painel, até 9/4, foram registrados em Minas Gerais quase um milhão de casos prováveis de dengue e pouco mais de 385 mil casos confirmados. Há 625 óbitos em investigação e 199  já foram confirmados.

Em relação à chikungunya, são pouco mais de 80 mil casos prováveis, com 53 mil confirmados. Houve 29 óbitos. Outros 35 estão em investigação.

Já a zika foi responsável por apenas 16 casos e nenhum óbito.

A macrorregião de Saúde Sudeste tem mais de 39 mil casos prováveis de dengue, com 18 mil confirmados. Houve 6 óbitos e outros 26 estão em investigação. Há 98 casos confirmados para chinkungunya e nenhum óbito. Apenas 6 pessoas tiveram zika.

No território da Regional de Juiz de Fora há 13.924 casos prováveis de dengue e 8.687 confirmados. Três óbitos foram confirmados e 14 estão em investigação. Os três óbitos são dos municípios de Juiz de Fora, Piau e Mar de Espanha. Dos 14 óbitos em investigação, 10 são de Juiz de Fora, 1 de Bom Jardim de Minas, 1 de Guarará, 1 de Santos Dumont e 1 de São João Nepomuceno.

 

Por Jonathas Mendes