
TESTAGEM E TRATAMENTO | SÍFILIS CONGÊNITA | DÚVIDAS FREQUENTES | DADOS EPIDEMIOLÓGICOS
A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Treponema Pallidum. Os sintomas às vezes são discretos e a procura tardia por tratamento pode causar complicações graves. Em gestantes há o risco da contaminação vertical, da mãe para o bebê (sífilis congênita). A sífilis tem cura e o tratamento está disponível pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A principal forma de prevenção da sífilis é o uso do preservativo em todas as relações sexuais (anal, oral e vaginal), seja ele masculino ou feminino.
A sífilis pode ser adquirida ou congênita. A sífilis adquirida pode ser transmitida de uma pessoa para a outra durante o sexo (anal, vaginal ou oral) sem preservativo ou por transfusão de sangue. Já a transmissão da sífilis congênita acontece da mãe infectada para a criança durante a gestação ou o parto. Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior.

Se não tratada a tempo, a sífilis pode comprometer o sistema nervoso central, o sistema cardiovascular e órgãos como olhos, pele e ossos. Os sinais e sintomas da sífilis variam de acordo com cada estágio da doença, que se divide em:
SÍFILIS PRIMÁRIA
Ferida, geralmente única, no local de entrada da bactéria (pênis, vulva, vagina, colo uterino, ânus, boca, ou outros locais da pele), denominada de “cancro”. Essa lesão é rica em bactérias do Treponema Palllidum. Esse estágio pode durar entre duas a seis semanas.
SÍFILIS SECUNDÁRIA
Os sinais e sintomas surgem em média entre seis semanas e seis meses após a infecção, e duram em média entre quatro e 12 semanas. Podem ocorrer manchas no corpo, que geralmente não coçam, incluindo palmas das mãos e plantas dos pés, além de febre, mal-estar, dor de cabeça e ínguas pelo corpo.
SÍFILIS LATENTE
Período em que não se observa nenhum sinal ou sintoma clínico da sífilis. É dividida em sífilis latente recente (menos de dois anos de infecção) e sífilis latente tardia (mais de dois anos de infecção). A duração é variável, podendo ser interrompida pelo surgimento de sinais e sintomas da forma secundária ou terciária.
SÍFILIS TERCIÁRIA
Pode surgir de dois a 40 anos depois do início da infecção. Costuma apresentar sinais e sintomas, principalmente lesões cutâneas, ósseas, cardiovasculares e neurológicas, podendo levar à morte. Uma pessoa pode ter sífilis e não saber, isso porque a doença pode aparecer e desaparecer, mas continuar latente no organismo. Por isso é importante se proteger, fazer o teste e, se a infecção for detectada, tratar da maneira correta. O não tratamento da sífilis pode ocasionar várias outras doenças e complicações, inclusive a morte.

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que tem cura. Por nem sempre apresentar sintomas, principalmente nas fases iniciais, são muito importantes a testagem e o tratamento de forma correta. Procure uma Unidade Básica de Saúde e faça o teste rápido de sífilis (com resultado em 30 minutos) ou o teste de sorologia.
Em caso de resultado positivo (reagente), você será encaminhado para a realização de exames complementares para confirmação do diagnóstico, e assim iniciar o tratamento. No caso das gestantes, basta o resultado do teste rápido positivo para iniciar o tratamento. O tratamento é feito com a administração de medicamentos na própria Unidade Básica de Saúde. Para mais informações sobre testagem e tratamento, procure a unidade básica de saúde mais próxima ou ligue 136.
ATENÇÃO ÀS GESTANTES: Quando a sífilis é detectada na gestante, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível, a fim de prevenir a transmissão vertical, ou seja, de passar a doença para o bebê. A parceria sexual também deverá ser testada e tratada para evitar a reinfecção da gestante.

A sífilis congênita é uma infecção transmitida para a criança durante a gestação ou parto (transmissão vertical). Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado for positivo (reagente), tratar corretamente a mulher e sua parceria sexual, para evitar a transmissão.
É importante que a gestante seja testada pelo menos em 3 momentos:
- Primeiro trimestre de gestação;
- Terceiro trimestre de gestação;
- Momento do parto ou em casos de aborto.
A sífilis congênita pode se manifestar logo após o nascimento, durante ou após os primeiros dois anos de vida da criança. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal é fundamental para a prevenção da sífilis congênita
Se não for tratada adequadamente, a sífilis congênita pode resultar em:
- Aborto espontâneo;
- Parto prematuro;
- Má-formação do feto;
- Surdez;
- Cegueira;
- Deficiência mental;
- Morte ao nascer.
Por isso, é importante que a mulher realize o exame pré-natal e, caso seja confirmado o diagnóstico de sífilis, inicie o tratamento de acordo com a orientação do médico.

A principal forma de prevenção da sífilis é o uso do preservativo em todas as relações sexuais, seja ele masculino ou feminino.
O diagnóstico da sífilis pode ser realizado na Unidade Básica de Saúde, através do teste rápido, com a coleta de uma gota de sangue na ponta do dedo. Caso o resultado seja reagente, uma amostra de sangue deverá ser coletada e encaminhada para a realização de um teste laboratorial para a conclusão do diagnóstico.
Recomenda-se que a população sexualmente ativa vá a um posto de saúde fazer o teste sempre que tiver uma relação sexual desprotegida ou apresentar algum sintoma da doença. Mesmo assintomática, quando não há sinais visíveis, a pessoa continua transmitindo a bactéria. No caso de gestantes, o indicado é realizar o teste com frequência para diagnosticar a infecção em pelo menos em 3 momentos: no primeiro trimestre de gestação, no terceiro trimestre de gestação, e no momento do parto ou em casos de aborto. É muito importante também testar e tratar a parceria sexual da gestante.
O tratamento é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), sendo a benzilpenicilina benzatina o medicamento de escolha e a única droga com eficácia durante a gestação. Para prevenção da sífilis congênita, tanto as gestantes quanto seus parceiros devem fazer os exames de diagnóstico. Em caso de resultado positivo para a gestante, é fundamental que o parceiro também procure o serviço de saúde e passe pelo tratamento. Dessa forma, a reinfecção por sífilis é evitada, e a saúde da mãe e do bebê ficam garantidas.
Sim, trata-se da sífilis congênita, transmitida para a criança durante a gestação ou parto (transmissão vertical). Por isso, é importante fazer o teste para detectar a sífilis durante o pré-natal e, quando o resultado for positivo (reagente), tratar corretamente a mulher e sua parceria sexual, para evitar a transmissão e complicações para a saúde da criança.
Sim. A gestante deve ser tratada imediatamente após o diagnóstico de sífilis. O tratamento é uma forma de reduzir ou eliminar o risco de transmissão da mãe para o bebê.
Aborto espontâneo, parto prematuro, má-formação do feto, surdez, cegueira, deficiência mental e morte ao nascer.




Fonte: SINAN – IST-HIVAIDS/SES/SUBVS-SVE-DVCC-CIST
*Dados parciais sujeitos à alteração extraídos em 05/08/2024
ORIENTAÇÕES PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE
- Boletim Epidemiológico – Sífilis | 2023 – Panorama do ano de 2022
- Nota Técnica Nº 4 / 2023 – DATHI/SVSA/MS
- Boletim Epidemiológico – Sífilis | 2022 – Panorama do ano de 2021
- Deliberação CIB-SUS/MG Nº 3.602, de 08 de novembro de 2021
- Boletim Epidemiológico – Sífilis | 2021- Panorama do ano de 2020
- Boletim Epidemiológico Mineiro (BEM) – Análise Epidemiológica de Hepatites Virais Panorama do ano de 2020
- Manual para o Diagnóstico da Sífilis
- Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)
- Plano de Enfrentamento à Sífilis no estado de Minas Gerais
- Deliberação CIB-SUS/MG nº 3.542, de 22 de setembro de 2021
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