Vírus respiratórios: oficina reforça vigilância e integração entre serviços de saúde na Macrorregião de Saúde Leste

A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Governador Valadares promoveu, no dia 10/11, a Oficina de Vírus Respiratórios: SRAG e Covid-19, reunindo coordenadores de Epidemiologia, da Atenção Primária à Saúde (APS) e referências técnicas em vírus respiratórios dos municípios da macrorregião de Saúde Leste. A atividade contou com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

De acordo com Charles Aguiar, referência técnica do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (NUVEPI) da SRS Governador Valadares, a realização da oficina foi motivada pela alta incidência de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) registrada em 2025 na região, associada à circulação simultânea de diferentes vírus respiratórios, como Rinovírus, Vírus Sincicial Respiratório (VSR), Influenza e SARS-CoV-2. “A macrorregião ultrapassou 2.500 casos de SRAG neste ano, com maior impacto entre crianças menores de cinco anos e idosos. Isso reforça a importância de fortalecer a vigilância, o diagnóstico precoce e a integração entre os serviços de saúde”, destacou.

O principal objetivo da oficina, segundo Aguiar, foi fortalecer a integração entre as equipes de vigilância e a rede assistencial, aprimorando o fluxo de diagnóstico, monitoramento e notificação dos casos de Covid-19 e SRAG. A iniciativa também buscou qualificar as ações locais de prevenção e controle, garantindo uma resposta mais ágil e eficiente durante os períodos de maior sazonalidade das infecções respiratórias.

A capacitação faz parte de uma série de formações descentralizadas promovidas pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), voltadas à atualização técnica das referências municipais. Essas formações têm como foco padronizar fluxos, fortalecer a vigilância laboratorial e aprimorar continuamente as práticas de resposta e investigação em saúde pública.

Durante o encontro, foram discutidos temas estratégicos como o cenário epidemiológico atual da SRAG e dos vírus respiratórios na região, ações de prevenção e controle, fluxo de coleta e envio de amostras laboratoriais, além da importância da vacinação e da comunicação de risco. O evento também proporcionou a troca de experiências entre os municípios, promovendo o debate sobre estratégias para melhorar os indicadores de vigilância sentinela.

Para a coordenadora de Epidemiologia Nayara Soares, a oficina foi fundamental para revisar práticas e reconhecer desafios locais. “O conteúdo abordado contribuiu significativamente para aprimorar conhecimentos e reforçar a importância da atualização constante sobre a temática. Este momento nos fez enxergar nossas fragilidades, principalmente quanto à subnotificação dos casos de síndrome gripal e à baixa realização de testes para Covid-19”, ressaltou.

A capacitação contribui diretamente para o aperfeiçoamento das ações de vigilância, qualificando o reconhecimento precoce dos casos, a coleta adequada de amostras e a notificação oportuna. Além disso, fortalece a articulação entre a atenção primária, os hospitais e os núcleos de vigilância epidemiológica, ampliando a capacidade de resposta dos municípios frente às infecções respiratórias.

Por: Paula Andressa – estagiária sob supervisão 

Foto: Geovana Ferreira

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