Com a chegada do verão, a incidência dos raios solares na pele é maior, o que faz com que nossa atenção seja redobrada. A Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), alerta para os cuidados com a estação em que o risco de câncer de pele é maior.
De acordo com a coordenadora estadual de Dermatologia Sanitária, Ana Regina Coelho, o uso correto do protetor solar, além de evitar doenças, combate o envelhecimento precoce. “O protetor solar deve ser passado cerca de 20 a 30 minutos antes da exposição solar e repetido a cada 2 horas, ou após suar muito ou se molhar. Já o hidratante tem uma função específica de manter a pele hidratada. É mais um cuidado para quem tem a pele ressecada”, falou.
A dermatologista lembra, ainda, que o protetor foi desenvolvido para proteger a pele mais clara dos danos causados pelo sol e pelo maior risco que essa pele tem em desenvolver cânceres de pele secundários à exposição solar. “Essas pessoas entram em um grupo de risco com maior incidência ao câncer de pele. Por ter a pele mais clara e que nunca se bronzeia ou bronzeia pouco, o cuidado deve ser constante, com uma atenção especial para os ruivos”, avaliou.
Além da proteção solar e hidratação da pele devido ao calor excessivo, as pessoas devem ingerir mais líquidos, em especial água, comer mais frutas, usar roupas leves, e evitar exposição prolongada ao sol. Nesta época, o risco de desidratação é maior, bem como o de desenvolver doenças infecciosas.
Com as crianças, o verão exige cuidados redobrados. Na praia ou em clubes, as crianças devem usar bonés e bloqueadores solares e ter atenção especial na hidratação oral (ingestão de líquidos), na alimentação – alimentos se deterioram mais rapidamente no calor, nos cuidados de higiene.
Doenças de pele
Com o calor, praias, clubes e cachoeiras são os principais pontos de encontro dos que procuram se refrescar. Mas é preciso ficar atento às doenças de pele como brotoejas, micoses, acne solar e machas que aumentam nesta época do ano.
A brotoeja ou miliária ocorre pelo entupimento dos ductos das glândulas sudoríparas, produtoras do suor. Ambientes úmidos e quentes, o uso de roupas pesadas e tecidos sintéticos pioram o quadro. O mesmo ambiente também favorece o aparecimento das micoses superficiais, infecções causadas pelos fungos, que se proliferam melhor nestes ambientes. O uso prolongado de roupas úmidas é outro fator que favorece o aparecimento de micoses. “Além do uso de roupas leves, preferencialmente de algodão, é preciso ficar o menor tempo possível com roupas úmidas, enxugando bem as áreas de dobra”, lembrou.
Câncer de pele
Com a incidência cada vez mais agressiva dos raios ultravioletas, as pessoas devem estar atentas e se protegerem quando expostas ao sol, que é a maior causa do câncer de pele. De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de pele é o mais freqüente e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no país. É mais comum em pessoas com mais de 40 anos, de pele clara, sensíveis à ação dos raios solares, ou com doenças cutâneas prévias. Entre os tumores de pele, o tipo não-melanoma é o de maior incidência e de mais baixa mortalidade e apresenta altos percentuais de cura, se for detectado precocemente.
Em Minas Gerais, a estimativa para 2012 são de 14.680 novos casos de câncer da pele não melanoma, sendo 5.570 em homens e 9.110 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 55 casos novos a cada 100 mil homens e 87 para cada 100 mil mulheres.
Como a pele – maior órgão do corpo humano – é heterogênea, o câncer de pele não-melanoma pode apresentar tumores de diferentes linhagens. Os mais freqüentes são carcinoma basocelular, responsável por 70% dos diagnósticos, e o carcinoma epidermóide, representando 25% dos casos. O carcinoma basocelular, apesar de mais incidente, é também o menos agressivo.
Em 2012, estimam-se para o Brasil, 62.680 casos novos de câncer da pele não melanoma entre homens e 71.490 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 65 casos novos a cada 100 mil homens e 71 para cada 100 mil mulheres.
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Autor: Nathália Freitas