Nos meses de novembro e dezembro os municípios que compõem a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Belo Horizonte participaram da terceira onda de expansão do projeto Saúde em Rede, primeira etapa preparatória.
O Projeto Saúde em Rede é realizado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), com o apoio da Escola de Saúde Pública (ESP-MG) e tem como objetivo organizar as redes de atenção à saúde. Essa organização vai desde a atenção primária, passando pela atenção especializada, promovendo assim um melhor serviço para a sociedade, gerando mais valor para o cidadão no que se refere à linha de cuidado materno-infantil e hipertensão-diabetes.
No dia 25/11, a primeira etapa preparatória da terceira onda do projeto foi realizada no auditório do Banco BDMG, com a presença de mais de 70 pessoas. Profissionais de saúde das microrregiões de Belo Horizonte: Nova Lima, Caeté e Vespasiano participaram do evento em novembro.
Já no dia 16/12, foi a vez dos profissionais das microrregiões de Betim e Contagem participarem da terceira etapa, realizada no auditório da prefeitura de Contagem.
Ao longo do projeto ocorrem fases de monitoramento. Todo o desenvolvimento de ações voltadas para as mudanças dos processos de trabalho nas unidades de saúde participantes do projeto é acompanhado. As estratégias de gestão regional, que potencializam as redes de atenção à saúde da região, também são monitoradas.
Para a referência técnica materno infantil da SRS de Belo Horizonte, Maídila Sales de Mello, o projeto Saúde e Rede possibilita a reorganização dos processos de trabalho além de viabilizar instrumentos necessários para que a mudança seja factível.
“A importância dos Municípios da SRS BH no projeto é a promoção do trabalho em equipe, de forma regionalizada e otimizando as economias de escala e escopo para qualificar a assistência e utilizar os recursos de forma eficiente.”, aponta de Mello.
Redes regionalizadas
O trabalho em rede foi apontado pelo secretário municipal de saúde de Contagem, Fabrício Simões, como um desafio permanente.
“A discussão do trabalho em rede deve acontecer o tempo inteiro e de forma incisiva. É importante para organizarmos a rede de atenção à saúde”, afirma Simões.
Além disso, o secretário também destacou a regionalização no processo de fortalecimento das políticas de saúde. “Trabalhar em forma regionalizada é outro desafio. Quando o gestor pensa fora das fronteiras municipais, precisamos ter, de fato, uma integração maior entre as regiões de saúde para construir a rede de atenção de saúde que queremos”, conclui o secretário.
Outro ponto importante do projeto são as oficinas tutoriais realizadas nas unidades de saúde. São momentos dentro do horário de trabalho para que as equipes discutam as questões que envolvem o serviço, os seus processos de trabalho e a sua relação com outros serviços da rede de atenção à saúde. Desta forma, os profissionais têm a oportunidade de construir e pactuar coletivamente estratégias para reorganização e melhorias dos processos de trabalho.
Muito mais que organizar, o projeto busca desenvolver e aperfeiçoar as rotinas de trabalho das unidades de saúde com foco nos usuários do SUS.
Perspectivas para o próximo ano
Para a secretária executiva do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde e gestora municipal de saúde de Juatuba, Amélia Augusta da Silva, o objetivo do Projeto Saúde em Rede é sanar os vazios assistenciais e é uma oportunidade de garantir as diretrizes e os princípios do SUS. “Há integração entre as esferas públicas municipal, estadual e federal. O município pode aprender, inclusive, a aperfeiçoar a própria rede de saúde. Essa troca de experiências proporciona a chance de visualizar adequações de ações exitosas em outros municípios”, afirmou da Silva.
Essa terceira onda de expansão do projeto Saúde em Rede constitui apenas a primeira fase preparatória em que ocorreu a apresentação do projeto. Para o próximo ano, em uma segunda fase, será apresentada a plataforma de Power BI para monitoramento, além das resoluções de repasses de recursos. Finalizando a terceira fase preparatória, ainda em 2023, cursos curtos sobre promoção à saúde, segurança do paciente e saúde bucal, estarão disponíveis para as referências técnicas das temáticas abordadas.
Autor: Alessandra Maximiano e Leandro Heringer