SRS Valadares promove ação de mobilização contra a DST/Aids no carnaval

A Superintendência Regional de Saúde de Governador Valadares (SRS-GV), em parceria com o Batalhão de Transito da Polícia Militar de Minas Gerais, promoveu nesta sexta-feira (17/02), uma blitz educativa na BR 259, saída para Mantena, como parte das ações de mobilização da Campanha DST-Aids do Carnaval 2012. Com o slogan “Curta o carnaval com camisinha”, foram distribuídos preservativos e panfletos com informações sobre a prevenção da doença.

Segundo a coordenadora estadual de DST/Aids da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), Fernanda Junqueira,  a realização de campanhas de prevenção estimulam o uso constante do preservativo que é a única forma de proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis (DST) e da Aids. “Na empolgação da comemoração, as pessoas tem o costume de se excederem, principalmente no uso abusivo do álcool, tornando-se mais vulneráveis à Aids e DST.  Devemos insistir na necessidade do uso da camisinha em todas as relações e no fato que a Aids não escolhe raça, gênero, condição social ou orientação sexual. Lembrando também que o vírus pode ficar de 9 a 15 anos no organismo do individuo sem manifestar nenhum sintoma, mas que mesmo assim, o vírus continua sendo transmitido”. 

Para a referência técnica em DST-Aids da GRS-GV, Sônia Galvão, “essa iniciativa, reafirma a missão da SRS-GV na prevenção e assistência, que além da distribuição de insumos, promove e acompanha as ações dos municípios não só no carnaval, mas durante todo o ano”, afirmou.

Maria do Socorro de Freitas, moradora de Ipatinga, passou na blitz e elogiou a iniciativa do Estado. ”Esta ação é ótima porque alerta sobre o perigo de contaminação pelo vírus HIV. É sempre bom conscientizar as pessoas do risco de contaminação”, salientou. 

Casos em Minas e Governador Valadares

Em Minas Gerais, o total de casos notificados até janeiro de 2012 soma 31.559. A tendência geral da epidemia da doença em Minas Gerais é: heterossexualização, feminização, interiorização e pauperização. Em Minas, 706 municípios apresentam pelo menos um caso notificado de Aids. Os 10 municípios com maior frequência de casos notificados de 1983, ano de surgimento da doença, a 2012, são: Belo Horizonte, Juiz de Fora, Uberlândia, Contagem, Uberaba, Betim, Ribeirão das Neves, Governador Valadares, Araguari e Poços de Caldas, que somam 18.379 casos, correspondendo a 58,24% do total dos casos de Aids no Estado.Em Governador Valadares, segundo dados do Centro Municipal de Referência em Atenção Especial à Saúde Dr. Ladislau Salles (Crase), foram realizados no ano passado, 4.486 testes de HIV e, em 112 casos, o resultado foi positivo. O número é maior que em 2010, quando 3.450 pessoas fizeram o teste e 80 descobriram ter o vírus.

Sexo e faixa etária

Em ambos os sexos a predominância do acometimento é na faixa etária de 20 a 49 anos, que corresponde a mais de 83% do total de casos do Estado. Na faixa etária que vai de 20 a 34 anos são 14.178 casos notificados (45%) e na faixa etária que vai dos 35 a 49 anos, 12.217 casos (39%). O número de casos entre mulheres vem aumentando gradativamente. O primeiro registro entre mulheres foi em 1986, quando a razão entre os sexos era de 31 homens para 1 mulher.  A partir da década de 90 essa razão vem se aproximando. Na faixa etária que vai de 10 a 19 anos ocorre uma inversão do número de casos desde 1998, com número maior entre mulheres do que homens. Dados parciais da Coordenadoria Estadual de DST/Aids, apontam que, em 2011, 911 casos acometeram o sexo masculino e 399 o feminino. Em 2007, esse número era de 1232 novos casos masculinos e 735 femininos.  Em Minas Gerais, a média de novos casos notificados nos últimos 5 anos foi de 1.736 casos. E a taxa de incidência é de 6,68 casos a cada 100.000 habitantes.

A coordenadora estadual de DST/Aids, Fernanda Junqueira, informa que do total do número de casos, 45% ocorrem em jovens na faixa etária de 20 a 34 anos. “Temos que nos preocupar. O nosso objetivo é realmente chamar à população para a necessidade do uso do preservativo em todas as relações, pois é a única maneira de se evitar não só a Aids, mas também uma série de outras doenças”, reforçou. Atualmente os heterossexuais correspondem a 51,28% dos casos notificados e os homossexuais correspondem a 15,11% do total de casos de 1983 a 2012. O Ministério da Saúde estima que hoje só se tem conhecimento de cerca de 50% dos números da epidemia, o que reforça a necessidade do diagnóstico precoce, também como forma de se prevenir a doença.

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Autor: Frederico Bussinger


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