A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), através da equipe de mobilização social da Força Tarefa, promoveu no sábado (03-12), na praça central de Governador Valadares, em parceria com a Prefeitura do Município, o evento “Minha cidade sem Dengue”, com a presença do caminhão Dengue Móvel para troca de material inservível (latas,garrafas pet e pneus) por material escolar (lápis,borracha e caderno), do Dengometro com a distribuição de material gráfico e informações sobre a doença, além de apresentações artísticas e oferecimento de serviços. A população que esteve presente, apesar da chuva intensa e contínua, pôde assistir a uma programação que teve início com apresentação de voz e violão por um grupo do Programa Fica Vivo. Em seguida, o Coral de crianças da Primeira Igreja Batista de Valadares encantou a todos com o musical “Vai, vai Jonas”. Após o coral, foi a vez da Banda da Polícia Militar da 8ª Região de Valadares que executou números musicais de cunho popular. A parte artística foi encerrada com o Grupo “Garotos Havaianos”, que apresentaram números de dança. Durante todo o evento foram oferecidos também, serviços como oficina de bijuteria por uma equipe do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e aferição de pressão e de taxa glicemia com a equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município. Para o superintendente Regional de Saúde de Governador Valadares, Augusto Barbosa, “o sucesso na guerra contra a Dengue só vai ser efetivo com um somatório de forças, envolvendo a todos, nas casas e nos locais de trabalho”, destacou. A secretaria adjunta de Saúde de Governador Valadares, Kátia Diniz, ressaltou também a importância da parceria do Estado e município em eventos, como o realizado na praça. “A parceria entre os entes federados é extremamente importante na mobilização contra a Dengue, principalmente na conscientização da população, já que os dados estatísticos apontam que a maior parte dos focos do mosquito estão nas residências“, afirmou. Luciano José Batista do Bairro Nossa Senhora das Graças ficou sabendo do evento pelos carros de som volante que circularam na cidade e trouxe à praça 60 latas para a troca por material escolar. “Acho esta proposta muito boa porque economiza no bolso dos pais e ajuda no combate à dengue”, avaliou. Já Eduardo Kevyn de 23 anos, aproveitou para fazer aferição de pressão e taxa de glicemia. “Eu já tive dengue e sei o transtorno que ela causa e o perigo que ela representa. Por isso é muito positiva esta iniciativa do Estado”, comentou.
Ações de mobilização
As atividades de mobilização social contra a Dengue tiveram início no dia 29-11 com reunião intersetorial com lideranças da cidade e nos dias 01 e 02/12 com a direção do Shopping do município e com lideranças da Igreja Evangélica Assembléia de Deus, que reúne mais de 80 igrejas na região.
As atividade tiveram sequência com panfletagem educativa na Feira de Artesanato e blitz educativa no centro da cidade.
O dengue móvel seguiu com sua programação nos bairros com maior índice de infestação do mosquito de Valadares, já pré-selecionados pela prefeitura municipal, mobilizando no domingo (04-12) o bairro Santa Helena e nos dias 05 e 06-12 as ações serão no Carapina e Jardim Pérola, respectivamente.
Situação da dengue em Valadares
O município está com 2.750 casos notificados de Dengue, conforme último balanço da SES-MG (01-12), ocupando o terceiro lugar no ranking de municípios com maior número de notificações do Estado, ficando atrás somente de Belo Horizonte e Juiz de Fora. O último Levantamento de Índice Rápido por Infestação de Aedes aegypti (Liraa) deste ano, divulgado em outubro pela Secretaria Municipal de Saúde, apontou um índice médio de 6% dos imóveis com foco, quando o preconizado pelo Ministério da Saúde é de no máximo 1%.Apesar dos esforços dos órgãos públicos com campanhas educativas contínuas e o trabalho de eliminação de larvas, o foco principal do mosquito, segundo ainda a secretaria municipal, permanece dentro da casas, com prevalência dos pratinhos de vasos de plantas (26%) e ralos (24%). A situação é mais grave na região dos bairros Santa Helena, Esperança, Morro do Carapina, Querosene e Monte Carmelo, onde o índice está em 9,3%. As regiões dos bairros Vila Rica (Vila Império, Jardim Pérola, Kennedy, Bela Vista, Fraternidade, São José, Nossa Senhora de Fátima), Jardim do Trevo (Santa Paula, Palmeiras, Vila Ozanan, Turmalina, Retiro dos Lagos) e Vila Isa (São Raimundo, Asteca, Vila Parque Ibituruna, Elvamar, Village da Serra, Jardim Primavera, Vila Ricardão) também estão com índices bastante elevados: 8,8%, 8,7% e 7,8%, respectivamente.
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Autor: Frederico Bussinger