SES-MG promove Roda de Conversa sobre a pluralidade da Saúde do Homem

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Em todo o mundo, novembro é o mês dedicado à conscientização da população quanto à Saúde Integral do Homem. E para fomentar a discussão em torno dessa temática, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), promoveu nesta sexta-feira (24/11), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, a roda de conversa Conflitos, prevenção, gênero, sexualidade e gênero. 

A Diretora de Políticas de Atenção Primária à Saúde da SES-MG, Mayla Magalhães, iniciou a conversa pontuando que, ainda que novembro seja o mês da campanha, a saúde do homem é um tema que precisa ser abordado durante todo o ano no Sistema Único de Saúde (SUS). Ainda de acordo com Mayla Magalhães, é necessário pensar no cuidado integral à saúde da população masculina, não limitando às atenções a questões relacionadas ao câncer.

“A Campanha é muito importante, mas também é indispensável que os homens cuidem de sua saúde como um todo e que os profissionais que atuam nos serviços de saúde estejam preparados para receber essa população”, explica a Diretora de Políticas de Atenção Primária à Saúde.

Segundo Lorena Luiza Chagas Lemos, coordenadora do Núcleo de Políticas de Promoção da Equidade em Saúde da SES-MG, mais do que debater sobre o Novembro Azul e a saúde do homem, “a roda de conversa tem por objetivo compreender a diversidade desses homens, bem como todas as suas questões”.

Cuidado e Prevenção

Cristiano Freitas Lage, médico do Corpo de Bombeiros, destacou a importância de fortalecer as ações preventivas, ofertadas por meio da Atenção Primária.

“É preciso eliminar os preconceitos e desconstruir a resistência apresentada por muitos homens no momento de buscar os serviços de saúde. Além disso, é preciso, ainda, reforçar que o autocuidado é fundamental também para os homens”, afirmou Cristiano Freitas Lage.

Pluralidade da Saúde do Homem

O psicólogo Alberto Messaque acredita que o desafio, quando se fala em saúde do homem, é pensar em ações que considerem as múltiplas formas de ser homem, uma vez que ao se fazer uma política de saúde do homem – no singular -, alcança-se apenas um tipo de homem específico. 

“Historicamente, quando começou-se a pensar em saúde do homem, era pensado um homem único, representado pelo branco, heterossexual e urbano. Dessa forma, outras experiências masculinas, como o homem deficiente, o homem negro, o homem gay, o homem do campo e o homem trans, por exemplo, não são abrangidos. Por outro lado, ao se olhar para esses outros tipos, torna possível pensar em políticas públicas de saúde mais inclusivas e equitativas”, explica Alberto Messaque. 

Raul Capistrano, representante do Comitê LGBT, abordou o impacto do machismo na saúde do homem. “O machismo é violento contra os homens também. As questões que fazem com que os homens sejam violentos entre eles ou que se exponham mais em situações de risco, são questões construídas sobre o machismo”, afirma Raul Capistrano.

Já João Guilherme Gualberto Gonçalves, militante do Levante Popular da Juventude, destacou a relação entre segurança pública e saúde do homem, levando em consideração os índices que apontam que os jovens homens e negros as principais vítimas de homicídio no país. 

Campanha Novembro Azul

A campanha deste ano, que tem o conceito “O sempre é o momento ideal para cuidar da sua saúde”, acontece durante todo o mês de novembro. Na internet, serão publicadas séries de posts informativos. E o hotsite www.saude.mg.gov.br/saudedohomem, com informações sobre a saúde da masculina de forma integral: doenças, prevenção, entre outros aspectos, já está no ar. 

Está previsto também a veiculação de outdoors pela cidade e envelopamento dos vagões do metrô de Belo Horizonte com o tema da campanha. Foram produzidos, ainda, 500 mil folders sobre a Saúde Integral do Homem a serem distribuídos para todas as regionais de saúde do Estado de Minas Gerais.

 

Autor: Fernanda Rosa

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