Prefeitos, gestores de saúde e promotores de justiça da macrorregião Leste do Sul participaram, nessa quinta-feira (3/9), por meio de videoconferência, de uma reunião com os representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) para apresentação da nova versão do plano Minas Consciente, que prevê a retomada segura e gradual das atividades econômicas em tempos da atual pandemia. Presidiram o encontro o secretário adjunto, Marcelo Cabral, e o subsecretário de Gestão Regional, Darlan Venâncio Thomaz Pereira. Também estiveram presentes os superintendentes Kátia Jardim de Carvalho Iriais e Juliano Estanislau Lacerda, das Superintendências Regionais de Saúde (SRS) de Ponte Nova e Manhuaçu, respectivamente. Na ocasião, foi traçado um panorama da situação epidemiológica e assistencial na região.
Atualmente, 35 dos 53 municípios da Leste do Sul aderiram ao programa, configurando uma taxa de adesão de 66%. “No contexto macro, a atual onda é a amarela. No entanto, levando-se em consideração o agrupamento por microrregião, Ponte Nova e Viçosa encontram-se na onda verde e Manhuaçu na onda vermelha, o que representa singularidades importantes dentro do território macrorregional”, pontuou Darlan Pereira. Segundo ele, é importante que em alguns locais se adote um modelo mais restritivo, sem a perda do pensamento regionalizado e da cooperação entre os entes.
O superintendente da SRS/Manhuaçu, Juliano Estanislau Lacerda destacou: “Em que pese a condição menos crítica das microrregiões de Ponte Nova e Viçosa em relação à micro Manhuaçu, ainda que existam leitos disponíveis na macrorregião, é muito importante que os gestores municipais e, principalmente, que a população do território, adotem uma postura de maior cautela. Os indicadores mostram uma incidência e uma mortalidade maior em nosso território. Precisamos entender que a situação ainda é grave e necessita de medidas equivalentes”, explicou.
Apoio estadual
Para Kátia Carvalho, a reunião foi mais uma oportunidade para estreitar o contato entre SRS, municípios e Ministério Público com a SES-MG: “É gratificante saber que podemos contar com o apoio do nível central para qualificar nosso trabalho e embasar a tomada de decisão em nossa região”, enfatizou.
Durante a reunião, também foram mencionadas algumas ações estaduais (desde março de 2020) destinadas ao enfrentamento da pandemia na Macro Leste do Sul, como por exemplo: recursos financeiros e repasses por meio de portarias destinados para a manutenção das atividades da saúde; destinação de sete respiradores para o Hospital Arnaldo Gavazza Filho, em Ponte Nova; além do auxílio para a destinação de 20 respiradores originários do Ministério da Saúde ao Hospital César Leite, em Manhuaçu.
Principais alterações
Dentre as principais mudanças, foram citados os novos indicadores para a tomada de decisão, agrupados nos eixos “Incidência”, “Capacidade de Atendimento” e “Velocidade de Avanço da Doença”. Além disso, foi mencionada a diminuição de ondas de quatro para três e a associação às cores do semáforo, visando comunicar a melhor questão do isolamento e da flexibilização do comércio à população.
Outros pontos de destaque foram a regionalização, levando-se em conta o contexto macrorregional e o agrupamento por micro, num total de 67 regiões; tomada de decisão de avanços e recuos de ondas semanalmente, com evolução a cada 7 ou 28 dias; e o tratamento diferenciado para municípios com até 30 mil habitantes, desde que o cenário epidemiológico seja favorável.
Autor: Tarsis Murad e Antônio Rodrigues