Servidora da ESP-MG participa da 68ª Assembleia Mundial da Organização Mundial de Saúde

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Entre os dias 18 e 26 de maio foi realizada em Genebra, na Suíça, a 68ª Assembleia Mundial da Saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS) que nesse ano focou suas discussões no fortalecimento dos sistemas nacionais de saúde e no Ebola.

A atividade da Organização Mundial da Saúde (OMS) é realizada uma vez por ano, sempre no mês de maio e conta com a presença de delegações dos 194 países-membros que integram a OMS, entre eles o Brasil.

Para participar do painel “Marco de Participação dos Atores Não-Estatais na OMS”, tema abordado em sua tese de doutorado, a pesquisadora da ESP-MG, Maria Gabriela Araújo Diniz*, se organizou por iniciativa e recursos próprios e assistiu os trabalhos como ouvinte. “Sempre me interessei pelo Sistema ONU, do qual a OMS faz parte, e essa foi minha primeira oportunidade de comparecer a um evento da organização. Foi um momento muito importante e por várias vezes me emocionei pelas vivências que tive ali. Sair das pesquisas de gabinete e ver na prática como tudo acontece é muito rico”, afirma.

Ela destaca que foi uma experiência marcante em sua carreira e que valeu todos os esforços. “Uma coisa é ler e estudar sobre a OMS, outra coisa é estar lá vivenciando os processos decisórios, ver acontecer os debates que ali foram feitos”, ressalta.

Mas nem tudo são flores. A viagem teve seus percalços, como o adiamento do painel de que ela foi disposta a participar. “O painel não aconteceu na data marcada devido à falta de consenso dos países. Foi um pouco frustrante, claro, mas pude participar de outros importantes debates sobre saúde e ouvir a opinião de outras nações. Além, disso aproveitei para conhecer o Museu Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, que fica logo em frente ao Palácio das Nações, edifício onde acontece a Assembleia Mundial de Saúde. Como apaixonada pelo direito internacional que sou, estive em meu pequeno paraíso”, comemora.

Relatos

A pesquisadora explica que na plenária somente discursam os países-membros e algumas organizações não governamentais – que possuem relações oficiais com a OMS, cerca de cinco minutos para cada um. Após o discurso de abertura feito pela Diretora Geral, há um discurso proferido por personalidades convidadas especialmente para tal, e que, neste ano, foi a chanceler alemã Ângela Merkel.

Ela destaca ainda o discurso da representante da Finlândia, país localizado no norte da Europa, que a impressionou muito. “A delegada finlandesa falou sobre a necessidade dos países investirem no acesso a saúde de sua população e sobre o fortalecimento dos sistemas nacionais de saúde”, lembrou.

OMS

Criada em 1946, a OMS é uma organização internacional responsável pela liderança e coordenação das ações em saúde e cujo propósito é o de desenvolver ao máximo o nível de saúde de todas as nações.

A Assembleia

A Assembleia Mundial da Saúde figura como o principal órgão decisório da OMS e suas principais funções são definir as políticas da organização, nomear o diretor-geral, supervisionar as políticas financeiras, rever e aprovar o projeto de orçamento.

Brasil na OMS

Segundo Gabriela, o Brasil tem uma história importante dentro da OMS desde sua criação, pois foi a delegação brasileira que defendeu a necessidade de uma organização internacional destinada à saúde.

Gabriela ainda relata em tom de orgulho e patriotismo a emoção de ver a bandeira brasileira – a quinta da fileira – tremulando no saguão de entrada da OMS. “É muito emocionante. A OMS teve um diretor brasileiro por quase duas décadas, o Drº Marcolino Candau (1953-1973). Fizemos história aqui”, conclui.

* Graduada em Direito, especialista em Estudos Diplomáticos e Mestre em Relações Internacionais. Doutoranda em Direitos Humanos na Universidade de São Paulo (USP). Coordenadora da especialização em Direito Sanitário da ESP-MG.

Autor: Sílvia Amâncio

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