Seminário discute Projeto Estratégico da Gerência Regional de Saúde de Leopoldina: Equidade em Saúde – População Negra

No dia 11/9, a Gerência Regional de Saúde (GRS) de Leopoldina realizou o seminário “Equidade em Saúde – Projeto para População Negra”. O evento contou com a participação de gestores e técnicos dos 15 municípios que compõem a GRS Leopoldina, além de representantes da Câmara Municipal de Leopoldina, do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (COSEMS), do Conselho Municipal de Saúde, da Superintendência Regional de Ensino de Leopoldina, do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial, da Comissão de Promoção da Igualdade Racial da 109ª Subseção da OAB Leopoldina, da Comissão Estadual da Verdade da Escravidão Negra da mesma subseção, do Comitê da Equidade de Além Paraíba e do Grupo Pérola Negra.

Maria do Carmo Costa Ferreira, coordenadora de Redes de Atenção à Saúde da GRS, explicou que o projeto surgiu a partir dos indicadores registrados pela GRS Leopoldina em 2023, quando a unidade ocupou o primeiro lugar entre as 28 regionais de saúde do estado no percentual de óbitos por hipertensão e diabetes na população negra. Segundo ela, o seminário é uma das ações definidas para aprimorar a assistência primária nos municípios, especialmente no acompanhamento dessas condições de saúde, que, quando tratadas com qualidade e de forma contínua, podem reduzir os índices de morbimortalidade.

Adriane da Silva Alves, representante do Comitê de Equidade do município de Além Paraíba, destacou a importância de eventos como esse para a efetivação das políticas públicas voltadas à população em situação de vulnerabilidade. “É fundamental que esses encontros ocorram com mais frequência ao longo do ano”, afirmou.

Amauri da Silva Santos, coordenador do Projeto Pérola Negra, que abrilhantou o evento com uma apresentação de dança, ressaltou que a população negra possui especificidades que precisam ser consideradas na gestão da saúde. “Infelizmente, ainda vemos pessoas negras morrerem em decorrência de doenças como hipertensão e diabetes, cujo agravamento poderia ser evitado com acompanhamento adequado pelo sistema público de saúde. Por isso, considero muito pertinente a discussão proposta pela GRS Leopoldina”, disse.

Para Wagno da Rocha Antunes, coordenador de Acesso aos Serviços de Saúde, o tema da equidade em saúde é essencial para a GRS Leopoldina e para o Estado de Minas Gerais. “É preciso refletir se, dentro do Sistema Único de Saúde (SUS), a assistência tem sido realmente igualitária, conforme os princípios do sistema. Os dados apresentados mostram que ainda há desigualdade no tratamento de pessoas, resultado de uma construção social histórica que atribui menor valor a determinados corpos. Daí a relevância do projeto desenvolvido pela Regional de Saúde de Leopoldina”, concluiu.

Por: GRS Leopoldina

Fotos: Fábio Carvalho/Janine Fajardo

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