Na brinquedoteca do hospital Infantil João Paulo II, da rede Fhemig, em Belo Horizonte, os atores fazem os últimos retoques na maquiagem antes de entrar em cena. O texto é repassado rapidamente enquanto são dados os ajustes finais no figurino. Do lado de fora do ambiente em que os atores se preparam, crianças lançam olhares curiosos sobre a porta que as separa do mundo de Maria, Bruxa Éca e Mosquito da Dengue, personagens da peça “Deu a Louca no Mundo da Fantasia”.
Idealizada pelo grupo de teatro “Saúde em Cena”, da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SESMG), a peça teatral tem como objetivo mobilizar crianças e adultos sobre a importância do combate À dengue. O grupo, formado por servidores voluntários da SES já levou informação de forma lúdica a escolas, creches, instituições públicas e privadas, mas pela primeira vez se apresentou em um hospital. Na tarde de hoje (05/12), as crianças que recebiam tratamento médico no Hospital Infantil João Paulo II (HIJPII), da Rede Fhemig, puderam deixar a rotina para entrar no mundo mágico do teatro.
O grito mágico “Vamos ao teatro!” começa a preencher os corredores do hospital. A magia está no olhar das crianças que começam a aparecer nas portas dos ambulatórios ansiosas pelo convite dos atores, que dançam, pulam e convidam para o início das atividades. A pedagoga do HIJPII, Jaqueline Dantas, lembra como atividades recreativas colaboram para a recuperação dos pacientes. “O teatro traz um mundo mágico para dentro do hospital. A maior parte das crianças fica internada aqui por uma média de dez dias, mas há outras que fazem do hospital a própria casa”, afirma.
As reações das crianças são as mais diversas. Alguns exibem olhares assustados enquanto a bruxa Éca lança gargalhadas maldosas, mas a maioria se delicia e brinca junto, dividindo o palco improvisado com os personagens. O ator Joney Fonseca destaca a importância de transmitir leveza às crianças que já enfrentam uma rotina diária pesada. “Esse é um público especial. Estamos acostumados a nos apresentar em escolas, mas aqui no hospital é diferente. A gente trabalha com mais leveza e cuidado”, afirma o ator.
Autor: Jéssica Gomes