Em 28 e 29 de março, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Ponte Nova, em parceria com o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Sudeste (Cisdeste), organizou uma sequência de encontros destinados a alinhar a atuação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) 192 em seis meses de implantação na macrorregião de Saúde Leste do Sul. Para tanto, foram convidados a participar das discussões gestores e diretores clínicos dos hospitais das microrregiões de Saúde de Ponte Nova e Viçosa, além de secretários municipais de saúde.
Os encontros se dividiram da seguinte forma: no dia 28, pela manhã, foi a vez dos hospitais de ambas as microrregiões; à tarde, gestores municipais da microrregião de Saúde de Ponte Nova marcaram presença. Na sequência, visita aos hospitais Nossa Senhora das Dores e Arnaldo Gavazza, de Ponte Nova. No dia 29, reunião com secretários municipais da microrregião de Saúde de Viçosa, seguida por visita aos hospitais São Sebastião e São João Batista, de Viçosa; as bases do Samu de Viçosa e Ponte Nova também fizeram parte do roteiro.
A superintendente da SRS Ponte Nova, Josy Duarte Faria Fialho, explicou a estruturação dos encontros. “Convidamos não somente os hospitais de maior porte, mas também os pequenos, para alinhar fluxos, condutas e propor alguns ajustes, visando melhorar cada vez mais o atendimento à nossa população. De setembro de 2022 a fevereiro de 2023, completamos seis meses de serviço, e posso dizer, com toda a certeza, que a implantação do Samu foi um ganho sem precedentes para a nossa região”, disse a superintendente.
O diretor técnico do Samu/Cisdeste, Homero Calderaro, conduziu as apresentações, fazendo um apanhado estatístico dos seis meses de serviço na região. Somando-se as três microrregiões de Saúde componentes do Samu Leste do Sul (Ponte Nova, Viçosa e Manhuaçu), foram realizados 14.627 atendimentos no período: 4.456 em Ponte Nova, 3.237 em Viçosa e 6.934 em Manhuaçu. “É muito importante que analisemos esses dados produzidos até agora. O Samu é o componente móvel da Rede de Urgência e Emergência (RUE), que objetiva ordenar o fluxo assistencial e disponibilizar atendimento precoce e transporte adequado, rápido e resolutivo às vítimas acometidas por agravos à saúde. Por isso, é necessário calibrar a rede e analisar a qualidade do serviço e do tempo resposta”, explicou o diretor, completando que é fundamental ter em mente “onde estávamos, onde estamos e onde queremos chegar”.
Calderaro observou que o momento atual permite visualizar melhor os vazios assistenciais e os problemas enfrentados na rede, o que é crucial para a proposição de adequações. “No entanto, a mera implantação do Samu, isoladamente, não dá conta da diversidade e especificidades das questões relacionadas à urgência e emergência no território, haja vista a natureza do objeto saúde/doença e a complexa rede de intervenções necessárias para impactar os problemas de saúde”, disse.
O diretor ainda comentou que, desde o início da implantação do serviço no território, a população aderiu satisfatoriamente à novidade. “Comparando a outras regiões com o serviço consolidado há quase uma década, vemos que a aceitação dos usuários da microrregião de Saúde Leste do Sul foi praticamente imediata. Isso nos mostra que a região carecia muito do Samu e da organização dos fluxos e das portas a ele relacionados”, finalizou.
Autor: Tarsis Murad