Voltado para trabalhadores da saúde de hospitais, unidades básicas e de pronto-atendimento e estudantes de enfermagem, o 2º Encontro Regional de Segurança do Paciente, realizado pela Vigilância Sanitária da SRS Uberaba, debateu o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), instituído pelo Ministério da Saúde (Portaria nº 529/2013).
O encontro, que aconteceu nesta quarta-feira (24/08), no auditório cedido pela Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), tem como principal objetivo, contribuir para a qualificação do cuidado nos estabelecimentos de saúde da região, fomentando a implementação do programa.
Para o superintendente regional de saúde de Uberaba, Ivan José da Silva, “o paciente está sempre exposto a fatores adversos que podem, inclusive, levar ao óbito. Sendo assim, somente com capacitação e educação permanente focadas na implementação efetiva do PNSP, podemos diminuir esses riscos”.
Gisele Remy, coordenadora do Núcleo de Vigilância Sanitária da SRS Uberaba, explica que o papel da superintendência é ajudar na implantação dos núcleos de segurança do paciente nos estabelecimentos de saúde, assim como no monitoramento e investigação dos eventos adversos graves e/ou que levaram a óbito.
A palestrante Cristina Hueb Barata, médica presidente do Núcleo de Segurança do Paciente do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), salienta que é um trabalho contínuo, que deve envolver, não somente a equipe de profissionais, mas o próprio paciente, na implicação do autocuidado. “Nós formulamos um folder, destinado aos pacientes, descrevendo as seis metas da ANVISA para o PNSP, que são: Identificação, Comunicação, Medicamentos, Higienização de Mãos, Cirurgia Segura e Prevenção de Quedas e Ulceras de Pressão”, explicou Cristina Hueb Barata.
Nádia Aparecida Campos Dutra, enfermeira, referência técnica em Segurança do Paciente da SES-MG, falou sobre gerenciamento de riscos com foco na segurança do paciente. “É importante incentivar os estabelecimentos de saúde para a formação do núcleo de segurança do paciente, que agora é obrigatório a todo serviço de saúde, público, privado ou filantrópico.
A partir disso, trabalhar a sensibilização da equipe de saúde para a notificação de eventos adversos. Em Minas Gerais temos, hoje, 276 núcleos cadastrados, porém nem todos notificam. Também é importante salientar que, não somente profissionais de saúde podem notificar, mas a própria população, através do site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): www.anvisa.gov.br”, explicou a referência técnica.
Autor: Sara Braga