Regional de Saúde de Uberlândia encerra ciclo de Oficinas sobre Metodologias Ativas de Ensino Aprendizagem

Crédito: Priscilla Fujiwara

Nesta terça-feira (28/11), a Unidade de Saúde de Uberlândia finalizou o Projeto de Educação Permanente para a utilização de Metodologias Ativas ensino-aprendizagem na área da Saúde. Coordenado pelos residentes em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), o projeto capacitou pelo menos quarenta profissionais que atuam nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) em todo território da Regional e estruturaram uma rede de facilitadores. Iniciado em agosto, teve seis encontros – quatro realizados em Uberlândia, Monte Carmelo e Araguari e dois na SRS Uberlândia.

No último encontro, os participantes compartilharam as ações que começaram a implementar na Atenção Primária de suas cidades e foram orientados pelo psicólogo Thiago Artur de Morais e a professora Liliane Tannús (UFU). “Foi um espaço para que eles percebessem a importância em compartilhar experiências, para que possam aprender com os demais, uma vez que eles reconhecem na experiência do outro muito do que também vivem.  Compartilhar é um mantra das metodologias ativas”, explicou Morais.

Em Patrocínio, o NASF foi implantado há nove anos. Para Leiliane da Silva Bernardes, assistente social do Núcleo, o trabalho na Atenção Primária nunca está finalizado e é construído diariamente. “A oficina veio de encontro com as necessidades de nosso trabalho. Depois do segundo encontro do projeto, já sentamos com a equipe, assim como foi feita na metodologia Ativa. Ouvimos cada trabalhador para melhorarmos o trabalho. Precisamos reconstruir o nosso espaço, sempre, e é um processo que não acaba nunca”, defendeu Silva.

Projeto de Educação Permanente: Metodologia Ativa

O objetivo do projeto foi apresentar as metodologias ativas para que os profissionais possam aplicá-la na assistência e na gestão em saúde. “A gestão não deve ser feita somente por órgãos gestores. Ela deve ser compartilhada e feita por todos os profissionais que operam na assistência a atenção à saúde”, pontuou Morais.

Ainda segundo o psicólogo, o elo entre os 18 municípios e, destes com a Regional, foi reforçado. Foram preparados também para serem facilitadores locais. “A Regional poderá contar com esses profissionais para a compreensão da realidade local e promover intervenções mais contextualizadas de acordo com as demandas da comunidade. O projeto foi uma semente plantada, ele precisa ter uma continuidade para aumentar a capacidade instrumental das equipes para o uso das metodologias ativas”.   

Ter novas metodologias para abordar tanto a educação em saúde, o usuário e a gestão era uma demanda antiga da Superintendência, segundo a Referência Técnica da Atenção Primária, Celena Araújo. A escolha do NASF como público-alvo é por ser uma equipe estratégica e multiprofissional, “ela abrange todos os territórios da saúde da família e são a ponte entre as Unidades de Saúde, as equipes de Saúde da Família (eSF), a população e a regional de saúde”.

Apesar da finalização do Projeto coordenado pela residência em Saúde Coletiva, ele será conduzido em 2018 pela Atenção Primária, que irá apoiar a rede. “Este ano trabalhamos com as oficinas e o diagnóstico, ano que vem queremos iniciar as ações para ter um processo de continuidade”, apontou Araújo sobre os planos para a continuidade do projeto.

Autor: Priscilla Fujiwara

Rolar para cima