Regional de Saúde de Teófilo Otoni se prepara para a Campanha de Vacinação Antirrábica Animal

Crédito: Maryana Prates Rodrigues

A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Teófilo Otoni, por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde, realizou uma reunião virtual para alinhar as ações que serão realizadas durante a Campanha Antirrábica Animal 2020, nos 32 municípios sob sua jurisdição. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), sob recomendação do Ministério da Saúde, orientou os municípios sobre o planejamento da campanha que se inicia no segundo semestre deste ano, em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

No primeiro dia do encontro (21/7), a equipe da SRS Teófilo Otoni falou sobre a raiva (doença infecciosa viral aguda); o ciclo de contaminação da doença do animal para o homem e vice-versa; o impacto da doença na saúde pública devido à letalidade de aproximadamente 100% e alto custo social e econômico no tratamento. Segundo a coordenadora do Núcleo de Imunização da SRS Teófilo Otoni, Ana Elizabeth Coelho, a raiva transmitida por cães e gatos é passível de controle e eliminação, pois possui um ciclo urbano (transmitida por cão e gato). “Existem medidas eficientes de prevenção, como a vacinação humana e animal, a disponibilização de soro antirrábico humano, a realização de bloqueios de foco, entre outras”, afirmou a coordenadora.

Já no segundo dia da videoconferência (22/7), a referência técnica do setor de Zoonoses da SRS Teófilo Otoni, Maryana Prates Rodrigues, falou da operacionalização da campanha apresentando a situação da cobertura vacinal animal na região, em 2019. Segundo Maryana, 70% dos 32 municípios pertencentes à área de abrangência da SRS Teófilo Otoni tiveram um desempenho satisfatório na vacinação antirrábica de cães e gatos. “A meta para esse ano é de 100%. Pretendemos vacinar o maior número de cães e gatos num menor espaço de tempo para impedir que o vírus rábico alcance a população, interrompendo assim o ciclo urbano de transmissão da doença”, declara. Por estarmos numa pandemia, Maryana reforçou a importância das medidas de prevenção contra a Covid-19, evitando a aglomeração de pessoas e mantendo as medidas de higiene, durante a campanha de vacinação contra a raiva animal.

A reunião contou com a participação dos coordenadores municipais de epidemiologia, de endemias, de imunização, dos Agentes de Combate à Endemias (ACE’s) e, também, da médica veterinária da Prefeitura de Teófilo Otoni, Marla Oliveira D’Esquivel, que esclareceu sobre a importância de segurar o animal adequadamente durante a vacinação. Segundo ela, o animal, por mais dócil que seja, com a aproximação de uma pessoa estranha, pode se sentir ameaçado, morder ou arranhar o vacinador. “A contenção adequada além de evitar que a pessoa se machuque, possibilita a vacinação do animal”, afirmou Marla.

Neste ano, a campanha começa no dia 17/8 e termina no dia 30/9.

Sobre a doença

A raiva acomete mamíferos, inclusive o homem, e caracteriza-se como uma encefalite progressiva e aguda com letalidade de aproximadamente 100%. É causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, da família Rabhdoviridae e transmitida ao homem pela saliva de animais infectados, principalmente por meio da mordedura, podendo ser transmitida também pela arranhadura e/ou lambedura desses animais.

As campanhas anuais de vacinação de cães e gatos no Brasil associadas as demais medidas de controle, como a profilaxia antirrábica humana para pessoas expostas ao risco de contrair raiva, resultam em significativa redução de casos da doença em humanos.

De acordo com informações publicadas no portal do Ministério da Saúde, o resultado das ações de vacinação antirrábica canina e felina resultaram num grande ganho para a saúde pública, permitindo que o país saísse de um cenário de mais de 1.200 cães positivos para raiva e uma taxa de mortalidade de raiva humana por cães de 0,014/100 mil habitantes em 1999, para um cenário de 09 casos de raiva canina e nenhum registro de raiva humana por cães em 2018. Em 2020, até o momento, houve 1 registro de casos de raiva em cães, cuja variante está sendo investigada e nenhum registro de raiva em gatos. Segundo o site esse é o quinto ano consecutivo sem casos de raiva humana por variante canina.

Saiba mais, acesse: https://saude.gov.br/saude-de-a-z

Autor: Déborah Ramos Goecking

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