Regional de Saúde de Montes Claros repassa a municípios nova vacina que previne quatro tipos de meningite

foto 1

A Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais (SES-MG) está repassando aos 54 municípios que compõem a sua área de atuação a segunda remessa de 3.400 doses da vacina ACWY para atender a rotina nas salas de vacinação. A partir de março deste ano a vacina que protege contra doenças meningocócicas está sendo disponibilizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para compor o Calendário Básico de Vacinação, contemplando adolescentes de 11 e 12 anos de idade.

A coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e de Saúde do Trabalhador da Regional de Saúde de Montes Claros, Agna Soares da Silva Menezes explica que o esquema vacinal dos adolescentes de 11 e 12 anos prevê a aplicação de apenas uma dose da vacina ACWY. Em março os municípios da área de atuação da Regional de Saúde de Montes Claros receberam 4 mil 070 doses do imunobiológico e, neste mês, nova remessa está sendo repassada às secretarias municipais de saúde. Até o final do ano a previsão é de que mais de 40,6 mil adolescentes sejam vacinados.

Para alcançar o maior número possível de adolescentes a referência técnica em imunização da SES-MG em Montes Claros, Mônica de Lourdes Rochido Azevedo sugere que “as secretarias de saúde façam a busca ativa do público elegível, principalmente aqueles que já completaram 12 anos, a fim de que não percam a oportunidade de imunização”.

Além da busca ativa os municípios deverão registrar no sistema e-SUS a doses de vacinas aplicadas, a fim de que a Secretaria de Estado da Saúde tenha condições de acompanhar o trabalho implementado em cada região. Até o final deste ano o objetivo do Ministério da Saúde é vacinar uma percentagem igual ou maior a 80% dos adolescentes, o que corresponde a mais de 5,2 milhões de pessoas. Em Minas Gerais a estimativa é de que 337.893 adolescentes com 11 anos e 347.407 com 12 anos devem receber a vacina meningocócica ACWY.

A coordenadora do Programa de Imunizações da SES-MG, Josianne Dias Gusmão salienta que a escolha do grupo alvo para receber a vacina aconteceu considerando a gravidade da doença e o estado de portador dos adolescentes. “Os programas de imunização geralmente têm como alvo as populações consideradas de maior risco para desenvolvimento da doença, ou a prevenção do estado de portador. A partir de evidências, considerando a implementação e continuidade das estratégias de vacinação contra as doenças meningocócicas, o SUS passa a disponibilizar a vacina ACWY conjugada para esses adolescentes”, reforça a coordenadora.

Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no Calendário Básico de Vacinação as vacinas que protegem contra vários agentes causadores de meningite. São elas: A BCG (Meningite Tuberculosa); a Tríplice Viral (Meningite, sarampo e caxumba); a Pentavalente (meningite por Haemofilos influenzae b em crianças abaixo de 5 anos); meningocócica C conjugada e vacinas pneumocócicas conjugadas 10 valente (meningite pneumocócica – 10 tipos). Tais vacinas são consideradas interesse prioritário à saúde pública brasileira, uma vez que protegem contra os principais tipos das doenças meningocócicas.

A doença

A meningite é uma doença definida pela inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, chamadas meninges, e pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas. Os sintomas da meningite podem surgir de forma repentina e se caracterizam por febre, dor de cabeça, rigidez ou dor no pescoço, náuseas e vômitos. Manchas avermelhadas também podem surgir nas formas mais graves da doença, além de confusão mental, sonolência e dificuldade para acordar.

Historicamente a incidência da doença meningocócica é mais alta entre crianças menores de um ano, com um segundo pico, em alguns adolescentes e adultos jovens. Após a introdução da vacina meningocócica C conjugada, em 2010, ocorreu uma importante redução dos coeficientes de incidência de doença meningocócica, do sorogrupo C nos grupos etários alvo da vacinação.

Autor: Pedro Ricardo

Rolar para cima