Regional de Belo Horizonte aborda Infecção Latente de Tuberculose

Crédito: Leandro Peters Heringer

Núcleo de Vigilância Epidemiológica, a Coordenação de Atenção à Saúde e o Setor de Educação Permanente em Saúde da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Belo Horizonte realizaram, no dia 19 de maio, reunião técnica, cujo tema foi Infecção Latente de Tuberculose (ILTB). No encontro, foram abordados o cenário epidemiológico da tuberculose nos municípios da SRS Belo Horizonte; diagnóstico, tratamento e acompanhamento da infecção latente de tuberculose, além da notificação da infecção latente de tuberculose e sistema Il-Tb.

A referência técnica do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da Regional, Geralda Célia Barbosa Guerra, apresentou o cenário epidemiológico da tuberculose na SRS-BH alertando para a situação dos indicadores de cura e da realização de cultura do exame dos contatos que estão abaixo do recomendado pelo Ministério da Saúde (MS). Com apoio da referência técnica da Coordenação Estadual de Tuberculose e Tracoma da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Cynthia de Fátima Alves, Barbosa salientou a importância da notificação da Infecção Latente de Tuberculose no Sistema de Informação IL-TB. “O objetivo é subsidiar o planejamento e a ampliação das ações de detecção e tratamento da ILTB bem como reduzir o número de casos da doença ativa e, consequentemente, interromper a cadeia de transmissão”, salienta.

Com vasta experiência na temática da tuberculose, o médico tisiologista do Núcleo de Vigilância Epidemiológica da SRS-BH, João Ildeu Júnior, ressalta o impacto do diagnóstico e tratamento da ILTB para o controle da tuberculose. “Há um problema de saúde pública, uma vez que reduz em 90% o risco de adoecimento em populações com risco de desenvolver a tuberculose ativa, como contatos de casos de tuberculose pulmonar bacilífera, pessoas vivendo com HIV e demais situações com comprometimento da imunidade”, reitera.

Na próxima semana, em um trabalho transetorial, haverá encontro com os municípios para apresentação da abordagem do papel da Atenção Primária à Saúde (APS) no controle da doença. A assessora da Coordenação de Atenção à Saúde, Mariana Dayrell, e a referência técnica, Roseli Lima, abordarão o tema enfatizando que a descentralização do controle da tuberculose para a APS é uma das estratégias do MS. “A APS está mais próxima do usuário e tem o potencial de acompanhá-los longitudinalmente, garantindo assim o diagnóstico precoce, adequado, em conformidade com os fluxos da Rede de Atenção à Saúde, e o tratamento diretamente observado até a cura da doença e controle dos contatos”, afirmam as profissionais.

Autor: Leandro Peters Heringer

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