Processos de trabalho, tecnologias e participação popular são alguns dos temas discutidos na parte da tarde durante a 1ª CEVS

Crédito: Gil Leonardi / Imprensa MG.

Na tarde dessa terça-feira (26/09), dando continuidade a 1ª Conferência Estadual de Vigilância em Saúde (1ª CEVS), no Minascentro, em Belo Horizonte, foram apresentados e discutidos os dois últimos subeixos do dia, intitulados: Processos de trabalho e tecnologias na vigilância em saúde (3º subeixo) e Vigilância em Saúde participativa e democrática para enfrentamento das iniquidades sociais em saúde (4º subeixo). Clique aqui e confira a nossa galeria de fotos.

A coordenadora da mesa foi a 2ª Secretária do Conselho Estadual de Saúde de Minas Gerais (CESMG) e representante de usuárias e usuários da Central de Movimentos Populares de Minas Gerais (CMP-MG), Gislene Gonçalves dos Reis. Para ela, os palestrantes são essenciais para a realização da Conferência e, consequentemente, para o fortalecimento das ações de Vigilância em Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS)

As discussões que faziam parte do 3º subeixo tiveram início com o Professor do Instituto de Ciências Biológicas, do Departamento de Parasitologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), David Soeiro Barbosa, que reforçou a importância sobre a discussão acerca da Vigilância em Saúde. “É importante que a gente analise os processos que compreendem a vigilância, de modo a desenvolver mecanismos que melhorem a vida da população. A vigilância sanitária deve atuar junto à sociedade”, analisou o professor.

Posteriormente, o Professor titular do Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Tarcísio Márcio Magalhães Pinheiro, deu continuidade à mesa abordando a saúde do trabalhador sob o aspecto da Vigilância em Saúde. “Dentro da ótica da vida do trabalhador é imprescindível que a vigilância seja prioridade. Sobretudo, frente aos recursos disponíveis atualmente. Estamos vivendo momentos difíceis, mas movimentos como a Conferência dão visibilidade e concedem a importância necessária dessas políticas públicas frente a saúde do trabalhador”, discorreu.

Vigilância Participativa e democrática

O 4º subeixo foi apresentado pelo Especialista em Saúde, Ambiente e Sustentabilidade da Fundação Oswaldo Cruz, Guilherme Franco, que também reforçou a importância da Vigilância em Saúde. “Precisamos fazer com que a Vigilância em Saúde influencie, de modo direto, todas as políticas públicas. É fundamental que ela assuma a responsabilidade de compreender que as políticas públicas afetam a saúde e vida dos brasileiros”, analisou.

O especialista também citou a relevância que a sociedade tem para que a vigilância em saúde de fato aconteça. “Não é possível construirmos essa vigilância sem ter a população como protagonista fundamental. A vigilância em saúde precisa dialogar com a sociedade para encontrar modos de agregar e de fato contribuir de forma positiva na vida de todos”, afirmou. 

Encerrando o 4º subeixo, o Especialista em Impactos Ambientais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em Desenvolvimento Regional e Planejamento Territorial pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional também da UFRJ, Maurício Monken reforçou a importância das propostas continuarem a ser elaboradas, de modo a enriquecer os pontos abordados na 1º CEVS. “Precisamos discutir os pontos com responsabilidade e enfrentar os problemas inerentes a cada população. É um trabalho contínuo que envolve Estado e sociedade”, finalizou.

 

Autor: Paula Gargiulo

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