A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Juiz de Fora, que abrange 37 municípios da macrorregião de Saúde Sudeste, registrou, na última terça, 18 de outubro, cobertura vacinal contra a pólio de 70,67%. Duas semanas atrás, em 4 de outubro de, apenas 59,34% do público elegível havia sido vacinado. As campanhas nacionais de vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação seguem até a próxima segunda, 24 de outubro.
Cimara Vieira, coordenadora do Núcleo de Vigilância Epidemiológica (Nuvepi), atribui este aumento do alcance vacinal ao engajamento da SRS Juiz de Fora com os gestores e técnicos de saúde dos municípios. “Muitos deles têm realizado busca ativa das crianças que não foram vacinadas. Eles têm feito muita divulgação e reuniões com a população para explicar a importância da vacina”, aponta Cimara. Além disso, ela lembra que a SRS Juiz de Fora segue orientando e monitorando os planos de ação de melhoria das coberturas vacinais municipais.
Dos 37 municípios, 20 atingiram a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde (MS), de imunizar 95% do público elegível.
A importância da vacinação contra a pólio
O Brasil não registra casos de paralisia infantil desde 1989 e em 1994 recebeu o certificado de eliminação da poliomielite, dado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Porém, desde 2015, a meta de 95% do público-alvo vacinado não é alcançada no país. A vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite. “Esta queda na adesão à vacinação preocupa porque expõe crianças ao risco de desenvolver paralisia”, lembra Cimara.
Causada por vírus – poliovírus – que se aloja no intestino, a poliomielite é uma doença infecto-contagiosa aguda transmitida de pessoa a pessoa. Nos casos mais graves, pode causar problemas no sistema nervoso provocando paralisia irreversível dos membros, principalmente em crianças com menos de cinco anos de idade. Por isso, o público-alvo da imunização são crianças na faixa etária de 1 a 4 anos, 11 meses e 29 dias. Depois de completar o esquema básico de vacinação com três doses da Vacina Injetável, as crianças também devem ser imunizadas com a Vacina Oral – a gotinha.
Autor: Marcella Victer