Pacientes com esquizofrenia devem buscar tratamento também nos Centros de Atenção Psicossocial

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Na Regional de Saúde de Belo Horizonte, entre as doenças que mais tem dispensação de medicamentos na Farmácia de Todos são os remédios para o tratamento da esquizofrenia ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A busca pelo uso de medicamentos nem sempre é devido a dores no corpo ou até mesmo alguma doença que atinge órgãos e membros.  Em algumas vezes, a procura de ajuda é devido a doenças psicológicas que não somente com remédios podem ser tratadas.

De acordo com o médico Psiquiatra e referência técnica de Saúde Mental da Regional de Saúde de Belo Horizonte, Wellerson Alkmim, a esquizofrenia é uma doença que parte da psiquiatria acredita que seja de origem biológica e outra parte acredita que a doença seja desenvolvida a partir do subjetivo de cada pessoa. “Os sintomas se revelam mais na adolescência podendo ser caracterizada por uma não adaptação social com um quadro delirante e até mesmo de alucinações, agressividade e desorganização de pensamento”, afirma.

Ainda segundo o médico, para os pacientes desta doença o uso do medicamento é muito importante para estabilizar os quadros de crise. A busca pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) também é uma alternativa para o controle da doença.

Entre os meses de janeiro e julho de 2016 foram dispensados 67.179 medicamentos na Farmácia de Todos da Regional de Saúde de BH. Destes, 9.156 eram para esquizofrenia e 58.023 para tratar outras doenças como anemia na IRC (Insuficiência Renal Crônica), artrites e doenças Pulmonares crônicas (DPOC).

Do total dos 7.119 pacientes com esquizofrenia, 3.205 são pacientes do gênero feminino e 3.914 são do gênero masculino. Os medicamentos mais dispensados foram: Olanzapina (4.399), Clozapina (1.307), Quetiapina (1.574), Risperidona (1.078) e Ziprasidona (798).

CAPS

O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) é um dispositivo territorial de urgência para atendimento a casos graves e persistentes de pessoas com transtornos mentais e às pessoas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas. Conta com equipe multidisciplinar atuando sob a ótica interdisciplinar e articulada com os demais serviços da Rede: Unidades Básicas de Saúde, Centros de Convivência, Consultórios de Rua, Leitos em Hospital Geral e Unidades de Acolhimento Transitório.

Em Minas, existem 303 CAPS nas 77 microrregiões de saúde do estado. Esses centros atendem, em média, 200.000 pacientes/mês na rede substitutiva de saúde mental.

 

Autor: Alessandra Maximiano

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