Foi realizada, no dia 26 de abril, em Divinópolis, a oficina do Plano Regional Integrado (PRI) da macrorregião de Saúde Oeste. Participaram 50 pessoas, entre membros do Grupo de Trabalho Macrorregional (GTM), equipe técnica da Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Divinópolis, representantes dos municípios pólo, representantes dos serviços de referência para atendimento ambulatorial, hospitalar e às gestantes.
O objetivo do encontro foi validar os parâmetros necessários para melhoria dos serviços assistenciais, bem como realizar avaliação qualitativa e quantitativa das ações e serviços de saúde. Na ocasião, foram apresentados a avaliação dos dos macroprocessos e microprocessos da Atenção Primária , além dos critérios de parametrização da Assistência Ambulatorial Especializada, da hospitalar e do apoio logístico.
O Planejamento Regional Integrado (PRI) faz parte do processo de planejamento do SUS (Sistema Único de Saúde). A realização em âmbito macrorregional resultará em Plano Regional, e servirá de base para a elaboração do Plano Estadual de Saúde, conforme prevê a Lei Complementar 141/2012§ 2º, art. 30. O processo visa, portanto, promover a equidade regional, bem como contribuir na concretização do planejamento ascendente do SUS.
O PRI foi dividido em seis fases, sendo a 4ª a realização da oficina. O GTM (Grupo de Trabalho Macrorregional), com discussão ampla entre Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) e Conselho de Secretários Municipais de Saúde de Minas Gerais (Cosems-Oeste), elencou como prioridade sanitária da macrorregião de Saúde Oeste a rede Materno Infantil.
O superintendente regional de Saúde de Divinópolis, Júlio Barata, esclarece que a prioridade foi necessária pelo fato da região não possuir uma rede estruturada. As propostas formuladas serão enviadas para fazerem parte do Plano Estadual de Saúde para os recursos serem direcionados para estruturar a rede materno-infantil. “Muitos municípios têm serviço, mas desarticulado. Precisamos estruturar um serviço adequado, apontar indicadores que impactam a vida da população, principalmente das mães e crianças, prioridade deste encontro”, destacou o superintendente.
A articuladora do projeto de regionalização do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), Thaís Matos, destacou que a regionalização é um princípio doutrinário do SUS, sendo um eixo estruturante para organizar as políticas públicas de saúde. Este princípio, segundo a articuladora, busca promover a integralidade da atenção, a equidade, além de otimizar recursos. “O PRI é parte deste processo de planejamento do SUS, que vem sendo implementado no âmbito das macrorregiões de saúde, cujo produto, resultante das pactuações entre unidades federadas, é um plano com as características da região, considerando as necessidades locais e tendo a Atenção Primária como articuladora da rede, pois se a rede não está conectada, o usuário irá se perder no fluxo”, destacou Thaís Matos.
Autor: Willian Pacheco