Novembro Azul: homens cuidam menos da saúde? Vamos mudar isso!

Diversas pesquisas e estudos demonstram que os homens, em geral, cuidam menos da saúde do que as mulheres. Informações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) apontam que os homens costumam dar menos atenção à saúde e realizam menos consultas médicas. De acordo com levantamento do Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo, 70% das pessoas do sexo masculino que procuram um consultório médico tiveram a influência da mulher ou de filhos. O estudo também revela que mais da metade desses pacientes adiaram a ida ao médico e já chegaram com doenças em estágio avançado.

Campanha Novembro Azul

O dia 17 de novembro é o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. O risco existe e a campanha Novembro Azul vem para lembrar: no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não melanoma). Em valores absolutos, e considerando ambos os sexos, é o segundo tipo mais comum. Ele é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. 

Esses dados destacam a importância do cuidado da saúde do homem, algo a ser observado tanto pelo público-alvo, quanto por amigos, colegas, familiares e outros, seja no cuidado em procurar os serviços de saúde para exames de prevenção ou para buscarem consultas quando aparecem sintomas de alerta. A saúde é consequência das escolhas e hábitos de vida.

Políticas Públicas da Saúde do Homem no âmbito Regional

Na Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Barbacena, a Saúde do Homem é uma das políticas trabalhadas dentro da Coordenação de Redes de Atenção à Saúde (CRAS). 

Segundo a referência técnica em Atenção Primária da CRAS, Lívia Pêgo, “o papel da SRS Barbacena na Atenção à Saúde do Homem é apoiar e fortalecer as ações realizadas pelos municípios”, pontuou. São três os principais eixos trabalhados, conforme explica Lívia. “O primeiro eixo é um apoio técnico em que nós orientamos as equipes da Atenção Primária dos municípios sobre a organização da Linha de Cuidado do Homem com protocolos, rastreamento adequado, e uma abordagem das principais doenças crônicas e das questões de saúde sexual, saúde mental e prevenção de violências”.

Capacitação e estímulo aos homens

“No segundo eixo nós trabalhamos com a Educação Permanente. Então nós fomentamos capacitações, webnários, oficinas para qualificar o cuidado e reduzir também a barreira de acesso, de forma a estimular que os homens procurem os serviços de saúde com mais regularidade”, complementa Lívia. “E o terceiro eixo é o monitoramento e a articulação, em que nós acompanhamos indicadores, apoiamos campanhas como o Novembro Azul, e construímos ações intersetoriais com Saúde do Trabalhador, Sistema Prisional, e outros setores que impactam a saúde masculina”, ressaltou. 

Lívia também destaca que nesse trabalho da CRAS/SRS junto aos municípios, a SRS fornece materiais técnicos, orientações para as campanhas e estimula as boas práticas nos territórios. O foco é garantir que os municípios tenham suporte para ampliar o acesso e melhorar os resultados de saúde da população masculina.

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Por: Priscila Rezende

Imagem: Copilot (IA)

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