Montes Claros sedia oficina piloto para construção do Plano Estadual de Emergências em Saúde Pública

A Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Montes Claros sediou, nesta quarta-feira (28/5), a oficina piloto para a construção do Plano Estadual de Preparação e Resposta a Emergências em Saúde Pública. A iniciativa da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) reuniu profissionais de municípios das microrregiões de Bocaiuva, Coração de Jesus, Francisco Sá, Janaúba/Monte Azul, Montes Claros, Salinas e Taiobeiras.

O encontro, realizado no auditório das Faculdades Pitágoras, contou com a participação de referências técnicas das áreas de vigilância epidemiológica, ambiental e em saúde da SRS Montes Claros, além de profissionais do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) Regional e representantes dos municípios.

De acordo com o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Campos Prosdocimi, a oficina marca o início da construção do plano estadual de forma participativa. “A partir do Norte de Minas, iniciamos a elaboração de um plano robusto de preparação e resposta a emergências, que servirá de base para um seminário macrorregional em outubro, também em Montes Claros. Em seguida, a proposta será expandida para as demais macrorregiões do estado”, explicou.

Prosdocimi destacou ainda que, diante das transformações globais, é essencial que o Estado e os municípios estejam preparados para emergências em saúde pública por meio de planos integrados e continuamente atualizados.

Durante a oficina, a coordenadora do Cievs Minas, Eva Lídia Arcoverde Medeiros, enfatizou que situações como mudanças climáticas, novas mutações virais — como a que causou a pandemia da Covid-19 — e agravos emergentes, como a gripe aviária e a atual alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em Minas Gerais, exigem constante vigilância e preparação. “A avaliação permanente dos riscos e vulnerabilidades territoriais é fundamental para uma resposta oportuna e eficaz”, afirmou.

A superintendente regional de saúde de Montes Claros, Dhyeime Thauanne Pereira Marques, ressaltou a importância do Norte de Minas como ponto de partida para o processo. “As emergências em saúde exigem conhecimento técnico e ações integradas. A capacitação e o domínio sobre esse tema são essenciais para reduzir os impactos à saúde da população”, destacou.

O secretário municipal de Saúde de Montes Claros, Eduardo Luiz da Silva, reforçou a importância do planejamento estratégico. “A atual situação da SRAG mostra que precisamos estar preparados, com planos de ação adequados para atender de forma rápida e eficiente às necessidades da população”, afirmou.

Temas abordados

A programação da oficina contou com palestras sobre temas como: preparação e organização estratégica; vigilância em saúde e monitoramento; atuação da atenção primária em situações emergenciais; assistência especializada e farmacêutica; ações logísticas e intersetoriais; além da estruturação de redes de apoio e Centros de Operações de Emergência em Saúde (COE).

Para o médico Mariano Fagundes Neto, colaborador do Cievs Regional de Montes Claros, a experiência piloto poderá ser replicada em outras regiões. “A proposta representa um avanço importante na estruturação de respostas às emergências em saúde pública, com potencial de se tornar modelo inclusive para outros estados”, avaliou.

A coordenadora do Cievs Regional de Montes Claros, Agna Soares da Silva Menezes, destacou que a construção do plano permite o compartilhamento de experiências entre estado e municípios. “Essa abordagem regional fortalece o conhecimento sobre as realidades locais e contribui para ações mais eficazes em todo o estado”, afirmou.

Objetivos

O plano estadual tem como objetivo estruturar ações de promoção, prevenção, proteção, mitigação, recuperação e reabilitação da saúde, otimizando os recursos destinados à assistência e ao monitoramento da população durante situações emergenciais.

Entre os instrumentos previstos estão: a organização de processos de trabalho integrados; fortalecimento da articulação intersetorial; e a estruturação do COE como ferramenta estratégica para a gestão das respostas às emergências em saúde pública.

Pedro Ricardo

Foto: Pedro Ricardo/SRS Montes Claros

Rolar para cima