Medidas adotadas pelo Governo adiaram pico da pandemia no estado

Fotos: Pedro Gontijo

O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, e o secretário de Estado adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, avaliaram a situação do estado quanto ao enfrentamento e controle da pandemia de covid-19 durante entrevista coletiva virtual, realizada nesta terça-feira (9/6). O secretário atualizou os dados do boletim epidemiológico sobre a doença, no início da coletiva. Hoje, são 16.102 casos confirmados, desses, 8.340 estão em acompanhamento, 7.363 pessoas se recuperaram da doença e 399 vieram a óbito.

Conforme Amaral, ao identificar que o pico da pandemia no estado estava projetado para junho, seguindo a mesma tendência do país, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) tomou diversas medidas e conseguiu modificar a tendência do estado, adiando o pico. Entre as ações, ele mencionou as videoconferências e reuniões realizadas com todas as macrorregiões, com intuito de sensibilizar gestores municipais de saúde e prefeitos a terem o máximo de aderência às medidas de isolamento, conforme a visão do Programa Minas Consciente.

De acordo com os primeiros estudos, baseados na tendência do Brasil, adaptado para a população de Minas Gerais, o pico seria para hoje, dia 9 de junho, cuja projeção era de 2.988 casos previstos. De ontem para hoje, foram registrados 219 casos no estado, ou seja, efetivamente Minas ainda está no momento da curva, não tendo a projeção para o pico ser concretizado neste momento.

No início da entrevista, o secretário de Estado alertou a população e explicou que mesmo não havendo pico agora, o vírus vai continuar a circular entre todos, por um longo tempo. “Não podemos flexibilizar exageradamente, nem acabar com a as medidas de isolamento, se não, efetivamente volta a ter um acréscimo muito grande de casos e um risco assistencial, o que é tudo que não queremos neste momento”, reforçou Amaral.

Perguntado sobre a ocupação de leitos no estado, o secretário atualizou os dados. De forma geral, 72% de leitos de UTI estão ocupados e 70% de ocupação de leitos clínicos. Do total de ocupação de UTI, 11,86% são referentes à pacientes com covid-19 ou suspeita da doença e 7,68% são leitos clínicos.

Fotos: Pedro Gontijo

Quanto ao hospital de campanha, segundo Amaral, será aberto em módulos, no caso de descontrole da pandemia no estado, e, consequentemente, a necessidade de ocupação total de leitos, vai ser levado em conta a conduta correta, que é voltar às medidas de isolamento mais adequadas para a contenção da pandemia, por meio do programa Minas Consciente.

Quanto à situação de agravamento dos casos nos municípios mineiros, em especial aqueles próximos às cidades de estados mais afetados pela pandemia, o secretário adjunto Marcelo Cabral explicou que as diretrizes já foram passadas, via Nota Técnica, mas que cada município tem autonomia para tomar suas próprias decisões. Cabral também pontuou sobre a importância de uma força-tarefa no enfrentamento da covid-19.

“Caso seja necessário, daremos um passo atrás, mas é importante a adoção das responsabilidades por cada um dos atores, nesse momento. Temos o Governo do Estado, os municípios, os secretários municipais, os nossos superintendentes e os indivíduos, cada um de vocês que nos assistem todos os dias, porque pouco importará a adoção de leitos e planos, se não houver de nossa parte a assunção das responsabilidades que nos cabem”. Para o secretário adjunto, se os protocolos e orientações continuarem a ser seguidos, a ideia é fazer uma retomada ponderada, não sendo necessárias medidas radicais, como o lockdown.

Autor: Lila Alves

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